O Instituto Butantan e o Governo de São Paulo anunciaram durante uma coletiva de imprensa no início da tarde desta terça-feira (12), os dados completos da eficácia global da Coronavac, que atingiu 50,4% nos testes feitos no Brasil. O instituto já havia dito que a vacina atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% em casos graves e moderados, mas ainda não havia anunciado a eficácia global, que aponta a capacidade de proteger em todos os casos.
De acordo com o diretor de pesquisa do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, a vacina foi testada com os profissionais de saúde porque eles têm a maior exposição ao vírus, muito maior que a população em geral. Os testes foram feitos em 12.508 voluntários no país, todos profissionais de saúde. Especialistas calculam que a taxa geral deve ficar pouco acima de 60%, o que é considerado um bom índice de proteção.
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“[O teste] não é a vida real exatamente. É um teste artificial, no qual selecionamos dentro das populações possíveis, selecionamos aquela população que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta. A gente quer comparar os diferentes estudos, mas é o mesmo que comparar uma pessoa que faz uma corrida de 1km em um trecho plano e uma pessoa que faz uma corrida de 1 km em um trecho íngreme e cheio de obstáculos. Fizemos deliberadamente para colocar o teste mais difícil para essa vacina, porque se a vacina resistir a esse teste, iria se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários”, disse.
Vale ressaltar que o Índice cumpre exigências da OMS e da Anvisa. ""Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial", defendeu o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, durante o anúncio.