Durante a gestação, diversas áreas do corpo da mulher sofrem alterações, desde a respiração ao sistema imunológico como um todo, para se preparar para o desenvolvimento do bebê ao longo dos nove meses. Logo, doenças infecciosas que afetam os pulmões colocam as mães em uma situação de relativa vulnerabilidade.
É o caso da Ligia. Uma professora de matemática carioca que se infectou com a Covid-19, ficou com 75% dos pulmões comprometidos e teve um parto prematuro. Sua filha Clara nasceu com 8 meses e não conheceu ainda a mãe. Logo que nasceu, a menina teve uma parada cardíaca e foi reanimada. Com o passar dos dias, a criança se recuperou e recebeu alta médica, mas sua mãe continua em estado grave internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Intubada, a professora resistiu a uma pneumonia causada por uma bactéria hospitalar e teve que fazer uma traqueostomia. Ela chegou a se recuperar, recobrar a consciência e conversar. A família esperava que ela saísse da UTI em poucos dias, mas ela teve uma parada cardiorrespiratória após 1 hora com falta de ar.
Os médicos que acompanhavam o quadro recomendaram uma transferência urgente de hospital porque a saúde dela podia não resistir a uma nova intercorrência. Possíveis danos neurológicos ainda estão sendo investigados. Ligia está agora internada no mesmo hospital dos médicos que acompanham o seu caso e os custos do tratamento são muito altos.
Diante disso, familiares e amigos estão realizando uma campanha de arrecadação de fundos para o custeio do tratamento da professora no site http://vaka.me/2197611 e pedem contribuições de qualquer valor que ajudem a bater a meta de 450 mil reais.
No site da campanha, amigos descrevem todo o processo como muito doloroso, mas afirmam que não soltarão a mão da amiga. “Se não puder, me ajude compartilhando essa mensagem. Toda ajuda e oração é importante nesse momento. Com a nossa união, ela sair dessa”, pede Ana Letícia Magá, amiga de Ligia a mais de 20 anos.