A cidade de Botucatu (SP) não registrou nenhum caso de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) nos hospitais do município. O município é parte de um projeto de verificação de efetividade do imunizante AstraZeneca que está sendo conduzido pelo Ministério da Saúde e a prefeitura de Botucatu, junto com a Universidade de Oxford, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), o laboratório AstraZeneca, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Bill e Melinda Gates.
De acordo com a prefeitura, a queda nas internações em UTI é resultado da grande cobertura vacinal no município. Até esta terça-feira (18), a cidade registrou 100 mil pessoas vacinadas com a dose de reforço. O número equivale a cerca de 70% de toda a população.
Avanço da Ômicron
Por outro lado, a cidade vivenciou um grande aumento de casos leves da doença. Para se ter ideia, Botucatu encerrou a última semana com 1.919 casos confirmados de covid-19, um recorde desde o início da pandemia. No último pico de casos no município, ocorrido no dia 12 de junho de 2021, a cidade registrou 988 casos semanais. Neste período, a Botucatu chegou a ter 38 pacientes em leitos de UTI.
“Embora o grande número de casos, devido à característica da nova variante Ômicron, não vemos esse aumento refletido nas internações e nas mortes. Isso demonstra a eficiência da vacina e a importância de cada botucatuense que ainda não se imunizou procurar o quanto antes um posto de saúde. Iniciamos nesta semana a vacinação das crianças de 5 a 11 anos de idade e queremos o quanto antes proteger todas elas”, destacou o secretário Municipal de Saúde, André Spadaro.
90% da população vacinada
Com duas doses do imunizante, o município chega a 90,95% da população imunizada, sendo a maior cobertura vacinal do estado de São Paulo, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes.
Estudo da Oxford em parceria com a Fiocruz imunizou 66 mil habitantes de Botucatu em 16 de maio e outros 5.000 uma semana depois, no dia 22. A segunda dose para esses públicos ocorreu em agosto. O objetivo da pesquisa é descobrir a efetividade da vacina da Oxford após a primeira dose, após a segunda, sobre cada cepa circulante, o impacto da imunização em massa na transmissibilidade e o chamado efeito rebanho.
Com informações da Agência Brasil