O Brasil enfrenta o pior momento da pandemia de Covid-19. Por isso, o conselho de secretarias municipais de Saúde debateu, na última sexta-feira (26) um modelo de triagem para definir quais pacientes terão tratamento convencional e quais receberão atendimento paliativo em casos de colapso hospitalar.
De acordo com reportagem de Folha de São Paulo, a médica Lara Kretzer afirmou na reunião que o ideal seria não precisar fazer uma escolha que, ao extremo, pode significar decidir quem vive e quem morre, mas que é obrigação ética estar preparado para isso. "Idealmente, a gente não gostaria de usar triagem. O que a gente gostaria é que tivesse dado conta de fazer o atendimento de cada brasileiro que precisa de um serviço de saúde", disse a médica no encontro.
Ea afirmou ainda que os hospitais devem criar comissões de triagem com três profissionais experientes e, de preferência, um representante da área da bioética e da comunidade local.
No pico da pandemia em 2020, o conselho de secretarias elaborou um modelo do que recebeu críticas por incluir como critério a idade do paciente. Agora, a médica explicou que esse parâmetro foi excluído. A pontuação agora se dá, entre outros fatores, pela gravidade e pela existência de doenças crônicas.