O Centro de Operações Emergenciais (COE) da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) divulgou, neste sábado (30), uma nota de esclarecimento direcionada à população piauiense em relação às restrições do decreto estadual e alertando o risco de colapso da rede pública de saúde. O COE completa um ano de gerenciamento e acompanhamento da pandemia neste mês.
Desde o início da retomada das atividades econômicas no Piauí, em julho de 2020, que foi feita de forma segmentar e gradativa, o comitê destacou que sempre existiu o alerta e a possibilidade de retroceder no processo de reabertura, a depender dos números da doença. “Fomos um dos únicos estados brasileiros que não retrocedeu até o momento, flexibilizando cada vez mais, até o auge do processo, que está sendo a retomada das atividades educacionais presenciais. No entanto, desde o início de janeiro de 2021 observa-se uma diminuição progressiva da porcentagem dos leitos livres de UTI COVID no Piauí”, diz trecho do comunicado.
O COE alerta sobre o momento atual da pandemia no estado, com risco iminente de colapso na rede pública de saúde. Fatores como aumento dos casos de Covid-19 em decorrência das aglomerações ocorridas nas festas de final de ano, elevação da taxa de ocupação dos leitos de UTI, além da presença de novas variantes genéticas do vírus SARS-CoV-2 no território brasileiro com maior poder de disseminação e do carnaval, podem influenciar diretamente para isso.
“Por tudo isso, é dever do COE alertar sobre a importância das medidas constantes do Decreto nº 19.455/2021. A normatização nele contida promove ações que contribuem decisivamente para evitar risco de colapso da rede pública de saúde. A restrição à circulação de pessoas não constitui uma punição a ninguém, mas uma opção disponível para reduzir a transmissão da doença, utilizada no mundo inteiro, inclusive vários países europeus encontram-se, no momento, com algum grau de restrição. O combate à COVID-19 não é feito apenas com recursos financeiros e aumento da fiscalização. Caso isso fosse suficiente, países de primeiro mundo não teriam registrado centenas de milhares de mortes”, aponta a nota.
O comunicado finaliza que a rede de saúde de Teresina é referência para todo o estado e que um colapso no atendimento na capital trará consequências graves para todos os municípios. “Por isto, temos que continuar o trabalho que vem sendo executado, garantindo acesso de todos aos serviços assistenciais, mas, para tanto, todos temos que contribuir, respeitando as medidas de prevenção. O enfrentamento à pandemia é dever conjunto do estado, da sociedade e de cada cidadão. De nada adianta somente aumentar o número de leitos de UTI e de fiscais da vigilância, se não houver compreensão e colaboração de toda a população sobre o momento crítico pelo qual podemos passar”, completa.
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