O Brasil registrou 721 novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Em boletim divulgado neste domingo (28), a pasta informou que o país soma 254.942 óbitos desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve 34.027 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o total de infectados chegou a 10.551.259.
Segundo a pasta, 9.411.033 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 885.284 estão em acompanhamento.
STF manda ministério pagar por leitos de UTI.
A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), acolheu pedido feito pelas Procuradorias do Estado do Maranhão e Bahia e determinou que o Ministério da Saúde volte a financiar leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) dos dois estados destinados a pacientes com covid-19. A liminar foi concedida ontem, e a intimação das partes ocorreu hoje. Ainda no sábado (27), a ministra estendeu a decisão também para a Bahia.
Agora, com a liminar, os estados devem "juntar aos autos protocolos trocados com Ministério da Saúde sobre a renovação ou novas propostas de habilitação de leitos de UTI da covid-19."
Em meio ao colapso da rede hospitalar em diversas regiões do país e aos recordes de mortos na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou mais uma vez o fechamento de comércios, estabelecido por diversos governadores do Brasil. Ele minimizou a importância de os hospitais estarem lotados, alegando que "a saúde no Brasil sempre teve seus problemas".
Bolsonaro publicou a imagem de uma matéria de 2015, sobre problemas nos leitos de saúde, e replicou uma mensagem que já tinha sido feita antes no Twitter, com exatamente as mesmas palavras, por um usuário. O Secretário da Cultura, Mário Frias, também publicou a mesma mensagem, um pouco antes do presidente, assim como outros apoiadores.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.