Coronavírus: Estados Unidos registram 50 mil mortes e 870 mil casos

Estima-se que o número de casos nos EUA seja maior que o registrado

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A pandemia de Covid-19 já levou a 50 mil mortes nos Estados Unidos, segundo a contagem feita pela Universidade Johns Hopkins nesta sexta-feira. Com cerca de 870 mil casos registrados da doença, os EUA são o epicentro global do novo coronavírus e viram o número de mortes em seu território praticamente dobrar em dez dias, em meio a protestos incentivados pelo presidente Donald Trump para a retomada das atividades econômicas em todo o país. 

No mês de abril,  2 mil pessoas morreram em média por dia em decorrência da doença no país, número que vem se mantendo estável. Ao todo, as mortes já são 50.031 — quase 16 mil delas no estado de Nova York, que sozinho registra mais de 263 mil casos. Os outros estados mais afetados são Nova Jersey, com 5,3 mil óbitos, Massachusetts, com 2,3 mil, e a Califórnia, com 1,5 mil. 

Estima-se que o número de casos nos EUA seja maior que o registrado, já que a capacidade de testagem é limitada pela falta de pessoal, materiais e exames, além de discordâncias entre os governos estaduais e a Casa Branca. Também é provável que o número de mortes seja maior, já que muitos estados não consideram em suas estatísticas oficiais aqueles que morreram em casa ou em asilos. 

Acreditava-se que a primeira morte por Covid-19 nos EUA havia ocorrido no dia 26 de fevereiro, mas revisões recentes mostraram que o primeiro óbito em território americano pode ter acontecido cerca de três semanas antes, no dia 6 daquele mês. Recontagens e reclassificações póstumas não são incomuns: autópsias, diagnósticos e classificações retroativas são práticas rotineiramente adotadas em pandemias, cujos inícios são de difícil detecção. Na semana passada, a cidade de Wuhan, onde a doença surgiu, aumentou em cerca de 40% o número de mortes em razão da Covid-19. 

As mortes causadas pelo novo coronavírus nos EUA já são mais numerosas que os 36,5 mil soldados que perderam suas vidas na Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953. Ela também é maior que o número de mortes por gripe comum em sete das nove últimas temporadas da doença, segundo o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. 

   


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