Que riscos a Covid-19 traz para as crianças? No primeiro ano de pandemia esse grupo não preocupava tanto e estava e não era incluído nos testes das vacinas. No entanto, de acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe), foram registradas mais de 23 mil novas internações de pacientes pediátricos.
Segundo o infectologista, pediatra e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), Marco Antonio Iazzetti, a maioria delas apresentam sintomas leves parecidos com um resfriado. Em alguns casos há a manifestação de febres altas acompanhadas de vômito, diarreia e sensação de cansaço.
Diferente dos adultos, a maioria das crianças tem um quadro leve ou moderado. Existem algumas explicações para isso. Uma delas é de que as crianças possuem menos "portas de entrada" para o vírus em seu organismo. E a outra é que a resposta imunológica não é muito agressiva.
"Por se tratar de um vírus em que não há um tratamento específico, existem antivirais, analgésicos e antitérmicos que podem ser utilizados em casos de temperaturas do corpo mais elevadas do que o normal". Além disso, quando o paciente vai até o hospital é recomendada a inalação, hidratação com soro fisiológico e em alguns casos a internação", explica.
Medidas de prevenção
Vale lembrar que as medidas de prevenção também são necessárias nessa faixa etária, como manter o distanciamento social de dois metros, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel, desinfetar as superfícies e objetos que são utilizados com maior frequência, evitar tocar os olhos, boca e o nariz, utilizar máscara, desde que maiores de dois anos e com supervisão frequente dos pais.
O infectologista ressalta ainda que o adulto não deve ficar com o rosto muito próximo da criança ao do adulto. Exceto as mães em fases de amamentação, uma vez que o leite materno é benéfico e pode até mesmo prevenir contra a Covid-19. Se a mãe tiver com algum sintoma, ainda que leve, o ideal é amamentar com o uso da máscara.