O Brasil alcançou, nesta quarta-feira, a marca de 100 milhões de pessoas completamente imunizadas contra Covid-19 com dose única ou duas doses de vacina, segundo o Ministério da Saúde. O número representa 62,5% do público-alvo para vacinação estabelecido pelo Plano Nacional de Operacionalização (PNO), composto por grupos prioritários, pessoas acima de 18 anos em geral, e adolescentes .
De acordo com dados da pasta, mais de 93% dos brasileiros já tomaram a primeira dose da vacina contra a doença. O marco foi anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em seu perfil no Twitter, onde publicou um vídeo do mascote da vacinação no país, o Zé Gotinha.
O índice foi alcançando um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que não vai se vacinar contra a doença. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, na terça-feira, Bolsonaro disse que "viu novos estudos" e decidiu não se vacinar.
— No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais. Estou vendo novos estudos. A minha imunização está lá em cima. Para quê vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí — disse Bolsonaro.
A vacinação, segundo especialistas, é a principal estratégia contra a Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a aplicação de imunizantes. Todas as vacinas disponíveis no Brasil passaram pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que analisou dados e ensaios clínicos relacionados aos imunizantes.
Atualmente, o Ministério da Saúde disponibiliza doses de quatro vacinas aos municípios brasileiros: AstraZeneca, produzida por laboratório de mesmo nome em parceria com a Fiocruz; CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac; a vacina da Pfizer; e a vacina da Janssen.