A Holanda se tornou nesta quarta-feira (6) o último país da União Europeia a iniciar a vacinação contra a Covid-19, quase duas semanas após a maioria das outras nações do bloco. O país tem mais de 845 mil casos confirmados de Covid e 11,9 mil mortes, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins.
A primeira holandesa a receber uma dose do imunizante das farmacêuticas Pfizer e BioNTech foi a enfermeira Sanna Elkadiri, de 39 anos.
Elkadiri cuida de pacientes com demência em um asilo no leste do país e foi imunizada em um centro de vacinação em massa em Veghel, a 120 km da capital Amsterdã. Ela disse que não hesitou ao receber a chance de levar a injeção.
A imunização foi transmitida ao vivo pela televisão, e o ministro da Saúde holandês, Hugo de Jonge, afirmou em uma breve cerimônia que "este é o começo do fim desta crise".
Atraso na vacinação
Pesquisas de opinião mostram que o apoio ao governo diminuiu porque o país foi o último entre as 27 nações da União Europeia a iniciar a vacinação contra a Covid-19. A vacinação no bloco europeu começou no fim de semana após o Natal.
Sob fortes críticas, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou no Parlamento na terça-feira (5) que as autoridades do país concentraram os preparativos para o uso da vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
O imunizante é mais fácil de armazenar, transportar e manusear do que o da Pfizer/BioNTech, mas ainda não foi aprovado para uso emergencial na União Europeia.
Diferenças entre vacinas
A vacina da Pfizer/BioNTech usa a tecnologia de mRNA (veja vídeo abaixo) e foi a primeira do tipo a entrar no mercado.
Ela custa cerca de R$ 100 e precisa ser mantida a -70ºC, tanto no transporte quanto no armazenamento, para que não perca sua eficácia.
Já o imunizante de Oxford/AstraZeneca pode ser armazenado entre 2ºC e 8ºC e custa cerca de R$ 20.