Empresária morre aos 39 anos vítima da Covid-19 e gera comoção no PI

Proprietária de farmácia, pedagoga e técnica em Enfermagem Márcia deixa um legado de trabalho e amor ao próximo

Covid | Reprodução
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Vila Nova está de luto. Morreu na noite desta segunda-feira, dia 19 de outubro, por volta das 19h, Márcia Ramos de Carvalho, vítima da Covid – 19. Proprietária de farmácia, pedagoga e técnica em Enfermagem Márcia deixa um legado de trabalho e amor ao próximo.

Segundo relatos, ela começou com os sintomas desde o dia 12 de setembro sentindo febre, dor de cabeça e dores no corpo, durante três dias. Quando realizou o teste para covid-19 por orientação medica e apresentou resultado positivo.

Márcia Ramos

No último, dia 16, Márcia perdeu o olfato e paladar. Os sintomas persistiram causando febre alta, tosse e falta de ar. Diante disso, o quadro de saúde foi se agravando. No dia 21 de setembro, depois de já ter sido levada ao HRJL,  mais uma vez deu entrada no referido Hospital Regional Justino Luz, em Picos, onde ficou internada por 24h para que fosse realizado um Raio-X dos pulmões. Por conta da gravidez não poderia ser feito o exame de Tomografia.

Além das dores de cabeça, corpo, falta de ar e febre, ao tossir apresentou sangramento. No último dia 22 de setembro ela teve que ser transferida para a Maternidade Evangelina Rosa em Teresina. Na terça-feira, 13 de outubro, Márcia perdeu a criança, do sexo masculino, após um período de 22 semanas de gestação.

“Em julho desse ano, Márcia completou 39 anos e o maior sonho de sua vida era ser mãe. A maior felicidade que já vi estampada na cara dela foi quando descobriu que estava grávida”, disse uma profissional de saúde. “Ela tinha escolhido o nome. Era Rafael”, completou.

Durante os dias em que Márcia esteve internada a comunidade de Vila Nova do Piauí e de municípios vizinhos sensibilizados com a gravidade do quadro de saúde faziam todas as noites por volta das 18h, correntes de orações a pedido de sua recuperação.

“Márcia é uma pessoa muito querida, amada e solidária. Daquelas pessoas que sempre gostou de ajudar o outro e fazer o bem. Ela nunca media esforços para prestar seus serviços. Ia à casa de quem fosse dar injeção, aplicar soro, fazer curativos”, destacou em prantos sua amiga irmã Goretti de Deus.


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