Sandra Lindsay, a primeira enfermeira a tomar a vacina da Pfizer nos Estados Unidos recebeu a segunda dose nesta segunda-feira (4) para completar a imunização. Ela foi vacinada no Centro Médico Judaico de Long Island, no bairro do Queens, no subúrbio de Nova York.
A profissional da saúde trabalha na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital e recebeu a primeira dose em 14 de dezembro, logo após a vacina ser aprovada. As duas imunizações foram transmitidas ao vivo pela televisão.
"Não foi nada diferente de tomar qualquer outra vacina", contou Lindsay ao receber a primeira dose. "Espero que isso marque o início do fim de um período muito doloroso de nossa história". A enfermeira fez questão de reforçar que a vacina é segura. "Estamos em uma pandemia e, portanto, todos precisamos fazer nossa parte."
Com mais de 20 milhões de casos e 350 mil mortes, os Estados Unidos são o país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus. Também nesta segunda-feira (14), o Reino Unido se tornou o primeiro país do mundo a utilizar a vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, fora dos estudos clínicos. Os britânicos foram também os primeiros do mundo a aprovar o uso emergencial do imunizante da Oxford. Foram também os primeiros a aprovar e utilizar a vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a BioNTech, que já é aplicada desde 8 de dezembro em grupos prioritários.
Além do Reino Unido, a Argentina também autorizou o uso emergencial da vacina de Oxford (e já está aplicando a vacina russa Sputnik V desde a semana passada na população).
Eficácia das vacinas
A vacina Pfizer/BioNTech apresentou eficácia de 95% na prevenção à Covid -19, segundo estudos da fase 3 dos testes do imunizante. Os resultados foram apresentados em novembro e não houve efeitos colaterais graves nos voluntários.
A vacina é uma das quatro que estão sendo testadas no Brasil, junto com a de Oxford, mas o governo federal ainda não fez acordo para adquirir o imunizante.
Já a vacina de Oxford tem eficácia média de 70,4% e é segura, segundo estudo publicado e revisado na revista científica "Lancet". Os testes ocorreram em diversos países, inclusive no Brasil.
Ela teve 90% de eficácia quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo menos um mês, segundo dados dos testes no Reino Unido.
Quando administrada em duas doses completas, a eficácia foi menor, de 62%. A análise que considerou os dois tipos de dosagem indicou uma eficácia média de 70,4%.
A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado. Na prática, se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 90% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.
Fonte: G1