Há exatos 132 dias nossa vida passou por uma mudança significativa e que se estende até hoje, em um ‘novo normal’ repleto de restrições e hábitos que não estavam arraigados na cultura local. Com o processo de retomada dos serviços não essenciais, muitas pessoas tiveram que voltar à rotina anterior a pandemia, o que traz consigo uma série de dúvidas e medo.
Neste âmbito, a mestra em ciências e saúde pela UFPI, Élida Monção, orienta que o medo não pode dominar nossos sonhos e objetivos. Com todos os protocolos dispostos pelas autoridades e os cuidados básicos de cunho individual, a profissional destaca que o medo deve funcionar apenas como um ‘protetor’ no novo normal.
“O medo sempre será nosso maior inimigo e nosso maior incentivador para tentar a mudança, tentando melhorar sempre, mesmo diante os desafios. O desafio atual é a retomada as atividades e o novo normal. Nosso medo deve ser o nosso protetor a partir do momento que nos protegemos do vírus, mas não devemos deixar o medo dominar nossa vontade de conquistar nossos sonhos e nossos objetivos”, frisou.
Diante do temor com a pandemia e a retomada das atividades, um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com 1460 pessoas em 23 estados, nos meses de março e abril, revelou um aumento de 90% nos casos de depressão, 40% em relação ao estresse agudo e 71% em crises durante a pandemia do novo coronavírus. Neste cenário, Élida Monção sintetiza que devemos observar todas as medidas preventivas, mas não podemos desistir.
“Temos que aprender a nos prevenir sempre, mas nunca desistir de continuar a nossa batalha do dia a dia. Os protocolos são super necessários, se todos seguirem os protocolos, estaremos mais protegidos do COVID 19. Todos juntos podemos vencer esta pandemia”, destacou.
De acordo com a profissional, movimentar corpo e mente em ritmos saudáveis são meios extremamente importantes para minimizar e prevenir os problemas de saúde mental.