Estudo acha coronavírus em maçanetas de consultórios odontológicos

Amostras, coletadas em unidades que não tratavam pacientes com covid, apontaram vírus em itens como canetas e maçanetas

Estudo acha coronavírus em maçanetas de consultórios odontológicos | Pixabay
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Um estudo realizado por pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) alerta para o risco de infecção pelo coronavírus em unidades de saúde que não são destinadas ao atendimento de pacientes com covid-19.

O grupo analisou 711 amostras coletadas em quatro unidades básicas de saúde de Curitiba, em uma unidade de pronto atendimento e em dois hospitais da cidade.

Foram analisados os consultórios odontológicos de alguns destes locais. Das 234 amostras, 3% deram positivo para o material genético do vírus causador da covid-19.

Até mesmo em cadeiras onde os pacientes se sentam durante a consulta com o dentista foram localizadas amostras positivas do RNA do coronavírus. - Foto: Pixabay

Até mesmo em cadeiras onde os pacientes se sentam durante a consulta com o dentista foram localizadas amostras positivas do RNA do coronavírus, mesmo após a limpeza do equipamento.

Nos ambulatórios, houve maior positividade. Entre 85 amostras retiradas de enfermarias, 9% foram positivas.

"Nos consultórios médicos, o RNA viral foi detectado em itens pessoais, como canetas, carimbos e cadernos. Além disso, as maçanetas das portas, teclados de computador, mouses, poltronas e oxímetros foram positivos para SARS-CoV-2", diz um trecho do comunicado divulgado pela universidade.

Houve constatação do RNA viral ainda em maçanetas de UTIs (14%) grades dos leitos (22%).

Os pesquisadores, no entanto, ressaltam que o trabalho não levou em conta a viabilidade do vírus, não sendo possível saber se aquela partícula encontrada seria capaz de causar doença em seres humanos.

"Isso [viabilidade] depende de inúmeros fatores, que vão desde a limpeza do ambiente até o tempo de permanência do vírus naquele", afirmam.

Mas o grupo alerta que "os dados indicam que estes são pontos críticos e que, em algum momento, o vírus pode ter estado viável naqueles locais. Assim, trata-se de um indicador importante que revela a necessidade de medidas de desinfecção mais rigorosas nessas áreas".

*As informações são do R7.

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