Em videoconferência com a deputada federal Margarete Coelho (Progressistas) na sexta-feira, 26 de junho, o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) voltou a demonstrar seu posicionamento contrário à realização da eleição neste ano, e sinalizou que ela já está prejudicando as ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19.
“Não é apenas a questão física, mas o fato de termos eleição esse ano, os temas deste ano já passam a ser politizados, vejo nas redes sociais candidatos expressando suas opiniões de forma demagógica, e eleitoreira para atrair mais votos”, disse.
De acordo com o líder municipal, a politização está prejudicando também o isolamento social, provocando mais óbitos pelo novo coronavírus. Para ele, o Brasil reagiu muito mal à pandemia, faltando um comando central para se articular junto aos Estados e municípios, no sentindo de construir uma estratégia única.
“Essa politização já está deteriorando o isolamento social, já está causando mais infecções, causando mais óbitos. O Brasil reagiu muito mal nesta crise pandêmica, não houve comando, por isso a crise foi enfrentada de forma descentralizada, faltou um comando central e sofremos muito com isso. A politização, a demagogia fácil, esse exército de candidatos que estão circulando nas redes sociais, isso provoca uma quebra de política, de comportamento e provoca muita dor”, pontuou.
Firmino Filho defendeu que a eleição ocorra apenas no ano que vem. Ainda na live (transmissão ao vivo) feita pela deputada Margarete Coelho nas redes sociais, o prefeito destacou a proposta da designação de um interventor até que o novo prefeito pudesse ser empossado. “Minha posição pessoal é discordante da maioria das pessoas; primeiro acho que o mandato não deve ser prorrogado, eventualmente se a eleição for ano que vem que se coloque um interventor na Prefeitura. O mandato é uma delegação muito expressa do eleitor, seria uma corrupção do eleitor. Segundo ponto, eu defendo que a eleição não fosse esse ano, seria uma deterioração desta pandemia que estamos vivendo, o processo eleitoral leva isso, acho que o ministro Barroso não deveria considerar a opinião só de epidemiologistas, mas também de cientistas políticos”, concluiu.