O surgimento de uma epidemia por um novo tipo de coronavírus – o 2019 nCoV – tem alertado autoridades de saúde em todo o mundo. Por se tratar de um vírus com grande capacidade de disseminação, são altas as chances deste mal chegar ao Brasil, que já conta com 9 casos suspeitos. Em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) está preparada para a possibilidade, reunindo e capacitando seus profissionais para o manejo da doença.
Nesta sexta-feira (31), a partir das 9h30, no auditório da Diretoria de Atenção Especializada (DAE) da FMS, acontece uma reunião com os profissionais da rede hospitalar e SAMU de Teresina para tratar do assunto. “Desde o início da semana estamos nos reunindo com órgãos estaduais e Infraero, para debater o plano de enfrentamento caso surjam casos suspeitos em Teresina”, informa Amparo Salmito, gerente de Epidemiologia da FMS. “Na reunião de amanhã estaremos passando orientações e organizando os treinamentos que serão ministrados a partir da próxima semana”, diz a gerente.
Amparo Salmito alerta para o perigo do novo coronavírus, que está se espalhando muito rapidamente e pode vir a se tornar uma pandemia. Somente na China, país onde os primeiros casos foram detectados, já foram notificados 7.736 casos suspeitos e 170 mortes, além de 75 casos suspeitos em 18 países. “Todas as suspeitas são de pessoas que estiveram na China ou entraram em contato com quem esteve. Hoje em dia a população trafega muito pelo mundo e com o grande fluxo de turistas que visitam o Brasil durante o Carnaval, precisamos nos preparar”, explica a gerente.
Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos há 60 anos. Causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, são doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
A transmissão do vírus ocorre por contato com a saliva de quem está doente, por meio de espirro, tosse, catarro ou ao tocar um objeto contaminado. Os profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Os sintomas são febre, tosse e dificuldade para respirar. Para prevenir, atitudes simples no dia a dia são importantes. Lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, ficar em casa se estiver doente, cobrir o nariz e a boca com lenço de papel quando tossir ou espirrar, limpar e desinfetar os objetos que são muito usados.
Caso apresente os sintomas dentro de um período de até 14 dias após viagem para alguma cidade na China, deve-se procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.