Autoridades italianas reforçam a importância da vacinação contra Covid-19 após pessoas se reunirem em festas com o objetivo de contraírem o coronavírus para receberem o "passe livre" de entrar nos lugares, sem precisarem receber o imunizante. O alerta foi emitido depois que um austríaco de 55 anos foi a um desses eventos, se infectou e morreu. Segundo Patrick Franzoni, coordenador da unidade anti-Covid em Bolzano, tem sido comum que moradores da Alemanha e da Áustria irem à Itália participarem dessas reuniões de contágio voluntário.
"As consequências são de longo prazo e até os jovens podem acabar no hospital. Aqui temos uma criança hospitalizada na pediatria, enquanto um homem de 55 anos morreu na Áustria após ser infectado durante uma 'festa corona'",afirmou Franzoni ao portal "Il Dolomiti" no último dia 19. "Eles não percebem que o vírus é muito perigoso, mesmo em crianças e jovens".
Em outubro, a Itália passou a cobrar o "passaporte da vacinação" em locais de trabalho. No entanto, o documento também consiste em permitir a entrada de quem se recuperou do vírus nos últimos seis meses. Este mesmo certificado é exigido em outros países europeus. Por isso, pessoas anti-vacinas têm buscado se infectarem, apesar dos riscos que a doença traz, incluindo de morte.
Franzoni contou que recebeu relatos de médicos sobre pacientes que admitiram terem se infectado deliberadamente.
"(Eles fazem isso) para desenvolver anticorpos e obter o passe verde sem vacinação. Há consequências de longo prazo e até mesmo os jovens podem acabar no hospital", disse ele, segundo a "Newsweek".
A partir de 6 de dezembro, a Itália exigirá o referido certificado de saúde para acessar cinemas, teatros, academias, boates, teleféricos, estádios, bares e restaurantes.
O "Independent" informou que uma investigação sobre as "festas Covid-19" foi aberta pelo Ministério Público em Bolzano.