Homem que “não acreditava” em coronavírus morre infectado em Manaus

Em publicações nas redes sociais, ele afirmava não ser adepto à quarentena

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Faleceu neste domingo (12) mais um paciente com sintomas de Covid-19. Kalbrenner Feitosa Mota morava no bairro Redenção e costumava trabalhar como motorista de aplicativo. Diversas homenagens foram prestadas a ele nas redes sociais por familiares e amigos. As informações são do site Expresso AM.

Apesar das orientações dadas pelo Ministério da Saúde e adotadas pelo Governo do Estado juntamente com a Secretaria de Saúde, Kalbrenner era contra as medidas de isolamento.

Em uma de suas publicações, ele afirma não ser adepto à quarentena. “Pra todos, boa noite. Pra quem achar que não suporta trabalhar, fiquem no Facebook, porque amanhã eu trabalho. Aqui não tem quarentena”.

Reprodução

Em uma outra postagem feita pela vítima no dia 24 de março, dia em que o presidente Jair Bolsonaro fez seu primeiro pronunciamento em rede nacional a respeito da pandemia, ele defendeu a ideia de que crianças deveriam voltar às aulas e que apenas idosos permanecessem em casa, tal qual sugeriu o presidente.

Reprodução

Seguindo o protocolo de segurança imposto pela disseminação da doença, o homem foi enterrado sem a presença dos familiares. Após o óbito, uma funerária da cidade preparou o corpo em caixão lacrado e o sepultamento ocorreu de forma imediata. Kalbrenner deixa a esposa e suas 3 filhas pequenas.

Assim como Kalbrenner, ainda há muitos cidadãos que duvidam da veracidade da doença, que já vitimou cerca de 1.328 pessoas no Brasil, até agora. Manaus é uma das cidades que se encontra em extrema situação de risco, com a saúde pública prestes a entrar em colapso, e pode ser a primeira capital do País a tomar medidas restritivas mais rígidas. Um dos fatores que têm impulsionado esse cenário é justamente a resistência e a dificuldade de adesão ao isolamento social.

Manaus foi a cidade que registrou maior queda de distanciamento entre as capitais e pode sofrer lockdown brevemente, momento extremo em que somente serviços essenciais ficam disponíveis à população, como supermercado, farmácia e aqueles para a sobrevivência e manutenção da ordem social, com restrição mais intensado acesso a esses serviços.

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