O produtor sertanejo e locutor de festivais de música country Roney Costa, de 42 anos, morreu depois de passar mal, dentro de casa, em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. Durante a carreira, Roney trabalhou para sertanejos nacionalmente conhecidos e, inclusive, foi um dos responsáveis pela carreira do compositor Henrique Marx, conhecido como 'Médico Cantor' e que gravou parcerias com nomes como Bruno & Marrone, Edson & Hudson, entre outros.
Conhecido pelo bordão "Roney Costa: o locutor que você gosta", Roney também atuou na área de produção de shows, principalmente de cantores do interior paulista, como Roger & Rogério, Marcos Paulo & Marcelo e, mais recentemente, do médico cantor Henrique Marx. Infectado pelo Covid-19, Roney evitou compartilhar as informações de seu estado de saúde com os amigos para evitar preocupação e optou em tentar se cuidar dentro de casa.
Em entrevista neste sábado (5), Marx afirmou que Roney deixará muitas saudades. "Ele foi uma pessoa muito maravilhosa, prestativa, um profissional dedicado. Ele estava sempre preocupado com o melhor para nós em seus trabalhos", relembra. Os dois haviam começado a trabalhar juntos no ano de 2009 e fizeram várias parcerias durante esse tempo.
Tony Kabrera, que também trabalhou com Roney por muitos anos na área da locução country, diz que ele era como um "filho postiço". "Ele me chamava de pai. Entre nós, não havia nenhuma competição, havia muito respeito", diz.
Tanto Henrique quanto Tony afirmam que a morte de Roney foi uma surpresa para todos os amigos, já que o produtor não contou que estava com a doença ou que poderia estar com quaisquer problemas de saúde. "A morte dele foi uma surpresa pra todos nós. Um baque. Meu coração está sangrando", desabafou Tony.
"Sei que não sei de nada e nem dos planos de Deus, mas só posso agradecer a Deus por ele ter te colocado em nossos caminhos", escreveu o médico cantor Henrique Marx em suas redes sociais após saber da morte do amigo.
Amigos não sabiam
Segundo a irmã de Roney, Keila Costa, ele estava sozinho no interior paulista quando faleceu. Ele estava com sintomas há algum tempo, mas contou apenas para familiares próximos. Roney estava com tosse, garganta inflamada, fraqueza e dor no corpo, mas preferiu não contar aos amigos sobre a doença.
"Ele não quis preocupar os amigos com isso, preferiu ficar isolado. Ele tinha a esperança de se recuperar essa semana, mas infelizmente não deu tempo e não resistiu", lamentou a irmã.
Segundo apurado, Roney passou mal em casa, com extrema falta de ar, e precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Ele foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu e morreu no mesmo dia. Roney foi sepultado ainda na sexta-feira (4) no Cemitério do Araça, em São Paulo. Ele deixa os pais, irmãos, cunhados e sobrinha.