O Ministério da Saúde recebeu na madrugada deste domingo (2) mais um lote com 1,7 milhão de doses da vacina Covishield, desenvolvida pela universidade de Oxford e o laboratório Astrazeneca, contra a Covid-19, que desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta de 4h20 .
As 1.735.200 doses que chegaram na madrugada deste domingo se juntam às 220,8 mil doses que o ministério recebeu no sábado (1). Esses imunizantes fazem parte de um lote mais amplo, com 3,9 milhões de doses, que será completamente entregue ao governo brasileiro às 16h deste domingo (2), na presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que receberá mais 2 milhões de doses.
As doses foram disponibilizadas pelo Consórcio Covax Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem como objetivo garantir o acesso mais igualitário às vacinas no mundo.
As vacinas foram fabricados pela multinacional Catalent, na Coreia do Sul. Veja abaixo imagens da chegada do lote de 220,8 mil doses que chegaram no sábado (1):
A cerimônia para receber as 2 milhões de doses terá, além da presença do ministro da Saúde, a presença da representante da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) no Brasil, Socorro Gross.
O desembarque dos produtos está acontecendo no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP, por ser perto de onde fica a coordenação de armazenagem e distribuição logística de insumos estratégicos para a saúde (COADI), do Ministério da Saúde. Em seguida, os imunizantes serão distribuídos aos estados e municípios, conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI).
Vacina Pfizer/BioNTech
Na noite da quinta-feira (29), o primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech chegou ao centro de distribuição do Ministério da Saúde. O contrato da farmacêutica com o governo federal é de 100 milhões de doses.
O caminhão estava acompanhado de uma forte escolta da Polícia Federal. As doses serão distribuídas entre as capitais do país entre essa sexta-feira (30) e sábado (1º). As 135.750 doses da Pfizer que ficarem na cidade de São Paulo serão utilizadas na vacinação do grupo de 60 a 62 anos, no dia 6 de maio.
O Brasil recebeu esse 1º lote do imunizante com 4 meses de 'atraso'. O montante faz parte da proposta recusada pelo governo em meados de 2020, que previa início das entregas ainda em dezembro 2020, se o país tivesse aceitado a primeira proposta da farmacêutica em meados do ano passado..
Distribuição das vacinas
A Prefeitura de São Paulo foi informada pelo Ministério da Saúde que vai receber 135,7 mil doses do imunizante da Pfizer nesse primeiro lote.
O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que a prefeitura pediu uma quantidade maior de doses porque instalou geladeiras mais potentes nos centros de distribuição, já que a carga precisa ser armazenada em câmaras frias com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias.
“Todos os nossos profissionais estão treinados pra isso, então, nós imaginávamos que a cidade de São Paulo, por essas condições, poderia receber uma quantidade maior. Nós podemos armazenar 4 milhões de doses da Pfizer aqui na cidade”, disse Aparecido.
Ainda no ano passado, a Pfizer disse ter desenvolvido uma embalagem especial com temperatura controlada que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada.
Ao chegarem às salas de vacinação, as doses serão mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.
A carga chegou ao Brasil em uma aeronave que pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h22 desta quinta-feira (29). O desembarque e entrega do primeiro lote de um contrato para 100 milhões de doses feito pelo governo federal foi acompanhado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A cerimônia para entrega do imunizante que foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal ocorre no dia em que o Brasil atingiu 400 mil vidas perdidas para a Covid.
O voo que trouxe 1 milhão de doses saiu da Bélgica, fez escala em Miami, nos Estados Unidos, e chegou a Viracopos com um atraso de 22 minutos da previsão inicial. O esquema montado para realizar o desembarque envolveu pelo menos 120 profissionais e forte esquema de segurança da Polícia Federal. O desembarque do lote teve início às 19h44.
Por conta do curto espaço de tempo e das exigências de armazenamento, o Ministério da Saúde informou que irá distribuir a vacina entre as 27 capitais do país de maneira proporcional e igualitária entre sexta-feira (30) e sábado (1º).
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano. No entanto é a terceira a ficar disponível no país.
A atual remessa faz parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em 19 de março. A previsão é que as 100 milhões de doses de vacinas sejam recebidas até o final do terceiro trimestre de 2021.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.