A família do juiz Cláudio Rendeiro, que interpreta o personagem humorístico Epaminondas Gustavo, informou na manhã desta segunda-feira (18) sobre a morte do humorista. Ele estava internado desde o dia 9 de janeiro em um hospital particular vítima da covid-19. Na última semana o quadro do humorista teve uma piora. Informações do G1.
O humorista havia informado que a situação estava sob controle. Epaminondas recebia doses de remédio e fazia exercícios respiratórios. Na última semana, ele teve uma piora e o quadro agravou. Através das redes sociais parentes e amigos pediram por orações. Por volta das 6h10 da manhã a família comunicou o falecimento.
Em nota a família agradeceu pelas milhares de demonstração de carinho e apoio dos fãs amigos, imprensa e autoridades do Estado. “Deus é soberano e sua vontade deve ser aceita por todos nós, mesmo sabendo que a perda do Claudio é muito dolorosa e difícil de ser assimilada”, disse o irmão Manoel Rendeiro Junior.
Trajetória
Com paródias e muito improviso, o humorista era conhecido pela sua autenticidade. O juiz e ator nas horas vagas, Cláudio Rendeiro, dava a vida ao caboclo Epaminondas. Natural de São Caetano de Odivelas e tão apaixonado por Direito e comédia quanto pelos municípios de Cametá, Abaetetuba e Igarapé-Miri. Epaminondas era um ribeirinho de Cametá que representa o cabloco paraense e o seu linguajar.
O personagem foi originalmente inspirado no pai de Claudio, um português chamado Manoel, e seu tio chamado Benedito, de quem Epaminondas herdou os jeitos e trejeitos.
Cláudio era juiz há 25 anos e nunca fez teatro, o que não o impediu, em 2009, de sugerir uma encenação para explicar de forma mais dinâmica o que faz uma Vara de Execução Penal de Penas e Medidas Alternativas, onde são aplicadas penas que não incluem prisão.
Em 2014, foi convidado pela Justiça do Trabalho a gravar áudios sobre a campanha de combate ao trabalho infantil e, em 2019, participou da 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, onde relançou e autografou os livros "Líricas Ribeirinhas e Outras Margens", "Sátiras de um Ribeirinho" e "Causos".