O papa Francisco anunciou que será vacinado contra a Covid-19 na próxima semana e denunciou, em uma entrevista televisionada parcialmente transmitida neste sábado (9), o "negacionismo suicida" daqueles que se opõem a este remédio contra a pandemia.
"Na próxima semana começaremos (a vacinação), já tenho minha data", disse ele à rede Canale 5. "Temos que fazê-lo", insistiu o pontífice argentino, para quem "há um negacionismo suicida que não consigo explicar".
"Acredito que do ponto de vista ético todos devem ser vacinados, porque você não só põe em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a dos outros", explicou na entrevista.
"Quando eu era criança, lembro-me da epidemia de poliomielite, por causa da qual muitas crianças ficaram paralisadas e todo o mundo esperava ansiosamente pela vacina (...) Quando a vacina chegou, davam com açúcar", recordou o papa Francisco.
"Aí a gente cresceu na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isso, contra aquilo ... vacinas que davam para crianças", disse.
"Não sei por que alguns dizem 'não, a vacina é perigosa', mas se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta riscos particulares, por que não fazê-lo?", questionou o pontífice.