O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, negou na noite deste domingo (14) estar doente, ter entregado o cargo ou ter sido solicitado a sair da pasta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo Pazuello, ele segue como "ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas". No entanto, disse que entregará o posto à frente da Saúde "assim que o presidente solicitar".
A declaração foi dada por meio de seu assessor especial e marqueteiro Marcos Eraldo Arnoud Marques, também conhecido como "Markinho Show". "Não estou doente, não entreguei o meu cargo e o presidente não o pediu, mas o entregarei assim que o presidente solicitar. Sigo como ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas", disse Pazuello.
O presidente Bolsonaro se reuniu na tarde de domingo com a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede Vila Nova Star. A profissional é uma das cotadas para assumir o Ministério da Saúde na vaga de Pazuello.
Segundo fontes do Ministério da Saúde, o general pediu demissão do posto na manhã de hoje. Oficialmente, contudo, a pasta afirma que Pazuello continua como ministro.
Fontes do Planalto afirmam que há algum tempo a condução de Pazuello no combate à pandemia vinha sendo alvo de críticas que estariam desestabilizando ainda mais o governo.
A reportagem apurou que o presidente Bolsonaro não está tão disposto a fazer qualquer troca, mas vem sendo pressionado por parlamentares do centrão e auxiliares.
Assessores palacianos afirmam que uma alternativa para tentar minimizar os danos da troca no comando da Saúde seria Pazuello alegar problemas de saúde e pedir para sair. Para isso, no entanto, a ordem era já ter um substituto para anunciar.
Um general próximo ao ministro da Saúde disse que ele não se recuperou completamente depois que teve coronavírus e possui problemas respiratórios.