Piauí: Com 98% de UTIs ocupadas não dá para relaxar, diz médico

Integrante do Comitê de Operações Emergenciais (COE), médico Vinícius Nascimento diz que população não pode relaxar das medidas restritivas

Hospitais Covid-19 | Sesapi
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Apesar da tendência de estabilidade no número de novos casos  de Covid-19 e também de óbitos, não é hora para relaxamento, pois a questão das filas de espera por leitos clínicos e de UTI pode variar confome o momento. Até as 11 horas desta sexta-feira, 16, por exemplo, a fila de espra por leitos clínicos na rede municipal em Teresina tinha 25 pacientes e a fila por vaga na UTI tinha 22 pacientes.

Segundo o médico Vinícius Nascimento, integrante do Comitê de Operações Emergenciais (COE), o comportamento da população pode manter a estabilidade da transmissibilidade. Como a fila de espera por leitos cresceu muito, o medo veio junto e a população passa a se isolar, reduz o número de infectados e essa redução de infecção pode provocar a falsa sensação de que está tudo bem. Mas o fato é de que não há espaço para relaxamento. 

Segundo o médico, a situação é preocupante. "Não dá para dizer que está tudo bem quando se tem 98,7% de UTIs ocupadas. Isso é uma loucura, incomoda", afirma o médico, enfatizando que as medidas restritivas devem permanecer. "A flexibilização das medidas é um risco grande e não podemos falar de estabilidade quando todos os leitos de UTIs estão coupados", diz.

Leitos estão lotados. Crédito: Sesapi.

O médico diz que o momento atual é aguardar os impactos trazidos com a parada sanitária da Semana Santa. Os celulares, segundo o medico, o índice de 62% de reclusão conforme relatórios de celulares não dá para garantir se essas pessoas estavam reclusas ou aglomeradas no interior. O reflexo da Semana Santa é sentido agora.

Segundo o médico Vinícius Nascimento, como a vacinação segue a passos lentos, a tendência de aumento é real. Enquanto não há a imunização de rebanho, a situação é de instabilidade e o comportamento social não pode ser negligenciado. O Piauí tem três variantes do vírus e, segundo o médico, as variantes sugem pela quantidade de infecções e caso não haja redução rápida de forma horizontal, há oportunidades de surgir novas mutanções.

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