A Secretaria de Estado da Saúde anunciou a previsão de chegada de novas doses da vacina contra a Covid-19 da Sinovac/Butantan nos próximos dias. O Ministério da Saúde, em nota técnica, comunicou a continuidade da vacinação dos trabalhadores de saúde e ampliação do público alvo com a inclusão dos idosos com 90 anos ou mais. O quantitativo a ser enviado é de 36.800 doses pelo Ministério da Saúde, que optou por ampliar a população utilizando os critérios de riscos de agravamento, óbito pela Covid-19 e de vulnerabilidade social.
Até o momento, mais de 40 mil trabalhadores de saúde foram contemplados, com a primeira dose, nas remessas anteriores da vacina Sinovac/Butantan e Oxford/AstraZeneca. No primeiro momento, foi pactuado que a prioridade era vacinar os trabalhadores de saúde da linha de frente da Covid-19, como aqueles que atuam em UTIs e enfermarias de pacientes com o novo coronavírus, emergências e todos os funcionários que atuam em unidades exclusivas para atendimento Covid, seguindo para outras áreas hospitalares e para a atenção primária de acordo com a realidade da rede de saúde de cada município.
O secretário de Saúde, Florentino Neto, explicou que as realidades dos municípios são distintas, assim como as redes assistenciais. “Há locais que já estão vacinando a atenção primária e já completaram a linha de frente da Covid-19, as UTIs, emergências e, com isso, a recomendação é continuar avançando em outras estratégias para proteção dos trabalhadores de saúde. É importante priorizar aqueles que estão diretamente mobilizados na assistência aos pacientes da Covid-19 e planejar as outras áreas, de acordo com a disponibilidade das doses que estão sendo enviadas de forma gradativa pelo Ministério da Saúde", disse. Com essas novas doses, será possível atingir 73% dos trabalhadores da saúde e vacinar 12.132 idosos com mais de 90 anos.
O Comitê de Operações Emergenciais orientou que a segunda dose da vacina do Butantan deve ser feita com 28 dias e da Oxford/AstraZeneca com 12 semanas. De acordo com o superintendente de Atenção Básica, Herlon Guimarães, estudos técnico-científicos apontam sobre a importância de que seja aplicado o mesmo imunobiológico na primeira e segunda dose. “ O Piauí tem observado essa orientação ao fazer a opção de guardar a segunda dose na Rede de Frio para posterior distribuição. Por isso, de todas as remessas recebidas ate agora no estado, são distribuídas a quantidade necessária apenas para a primeira dose”, reitera.