A Controladoria Geral da União do Piauí está investigando casos suspeitos de pessoas que possivelmente furaram a fila de vacinação contra a Covid-19 usando identidade de mortos.
Em entrevista ao meionorte.com, o superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Benvindo, informou que as investigações são preliminares, mas os técnicos do CGU estão realizando o cruzamento dessas informações.
“Se trata de informações preliminares, existe possíveis suspeitas disso, não só desse cruzamento, mas de outros tipos, por exemplo, tem pessoas que se vacinaram como profissionais de saúde que não são, pessoas que não tinham idade para se vacinar mas se vacinaram, esse caso de pessoas mortas, mas isso está em uma fase muito preliminar que a gente não pode afirmar ainda se de fato se a situação ocorreu ou não. Por exemplo nesse caso dos mortos a gente cruzou a relação de vacinados com a relação de óbitos e a gente viu que tinha nomes iguais, mas só que podem ser pessoas distintas então a fase que a gente está ainda com ajuda do Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado é de fazer essas checagens então é muito cedo para a gente ainda ver casos concretos disso, mas existem suspeitos”, afirmou.
O superintendente disse ainda que serão realizados levantamentos a cada três semanas desses casos suspeitos. “A gente vai ficar fazendo esse levantamento a cada três semanas porque a lista de vacinados é incrementada a cada dia, mas isso vai ser uma constante durante a vacinação” disse.
Sesapi diz que mantém transparência
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Superintendência de Atenção à Saúde e Municípios, mantém a total transparência em relação aos dados relativos à Covid-19 no Piauí. Até agora, o Estado recebeu do Ministério da Saúde 392.080 mil doses de vacinas que estão sendo usadas para imunizar a população piauiense.
Mas o Superintendente da Sesapi, Herlon Guimarães, esclarece que o número total de doses entregues aos municípios não consta no Vacinômetro no site da Sesapi(ww.saude.pi.gov.br) porque só é possível registrar as doses depois que elas são entregues nas cidades. “Nosso painel está sendo atualizado por conta da preocupação com a transparência, mas é uma certeza que todas as doses foram entregues nos municípios”, diz o superintendente.
Herlon explica ainda que a defasagem dos números é porque o Piauí guarda as doses de vacinas para a segunda dose, que só são distribuídas num prazo de 28 dias ou três meses depois, dependendo de qual vacina seja.