O tenente-coronel Tibério Noronha tinha, desde setembro de 2020, o desafio de estudar para conseguir uma promoção dentro da Polícia Militar. Os estudos foram interrompidos pela Covid-19, mas os dias de recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também foram de dedicação a aulas e apostilas para conseguir, em primeiro lugar, a patente de coronel.
Os sintomas da doença provocada pelo novo coronavírus começaram em novembro de 2020. “No dia 24 de novembro, eu fui ao hospital porque estava com os sintomas há sete dias. Eu tive acometimento pulmonar, não conseguia respirar”, contou Tibério.
No dia seguinte, o paciente foi internado na UTI de uma unidade de saúde, de onde saiu depois de 12 dias. “Tiveram três dias que foram mais críticos. Eu fiquei com 70% do pulmão comprometido”, afirmou.
Os dias mais difíceis preocuparam os parentes do policial, que também foram infectados pelo novo coronavírus, mas a doença não foi tão grave quando no caso dele.
“Minha esposa teve a doença, mas ficou leve. Minha sogra e meu cunhado, que vieram do interior, também ficaram doentes porque ninguém sabia que eu estava. Quem ficou mais grave fui eu”, declarou.
Depois de uma melhora gradual na UTI, Tibério se sentiu bem o suficiente para retomar as aulas online. “Quando eu melhorei um pouco e consegui ficar sentado, retomei a rotina de estudos na UTI. Até brinquei com meus colegas que consegui passar em primeiro lugar porque tive mais tempo para estudar”, afirmou.
Mesmo num período de incerteza que viveu ao entrar no hospital, o policial disse ter a certeza de que tudo ficaria bem. “Eu nunca perdi a fé de que tudo ia melhorar. Eu tinha a intenção de fazer tudo que fosse necessário na condição de superar”, declarou.