No mês de maio a vacinação no Brasil caiu 17% em relação ao mês de abril. O motivo? A falta de insumos para a produção da Coronavac, pelo Instituto Butatan, e para a produção da AstraZeneca, pela FioCruz. Paralelo a isso, o afrouxamento das medidas de restrições.
O resultado dessa combinação é a previsão de uma terceira onda, que pode ser ainda mais letal no país que já soma mais de 450 mil mortos.
A interrupção da produção de vacinas afetou, principalmente, a aplicação da segunda dose, que reduziu em 43%.
Um outro agravante é a confirmação da cepa indiana do vírus, identificada no estado do Maranhão na semana passada. Em entrevista ao podcast “Diário do Front”, do El País, o neurocientista Miguel Nicolelis alerta para o perigo da terceira onda.
“Temos um patamar alto de mortes, um patamar crescente de casos, um número de vacinas diminuindo, e este é o contexto perigosíssimo do potencial começo de uma terceira onda, com o agravante de que agora nós temos também que nos preocupar com a variante indiana”, complementa.
TERCEIRA ONDA EM OUTROS PAÍSES
Foi em um contexto semelhante ao do Brasil que a terceira onda avançou na Alemanha, França, Itália e Polônia, países onde a vacinação foi mais lenta. Já no Reino Unido, a vacinação em massa evitou outra onda da doença.