Levantamento aponta mais de 17 mil infectados na capital, diz Firmino

A taxa de crescimento é de 38% por semana, segundo apontou nova pesquisa sorológica. Prefeito prevê falta de leitos de UTI em duas semanas.

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O prefeito Firmino Filho (PSDB) apresentou no início  da tarde desta terça-feira, 12 de maio, os dados da 4ª etapa da Pesquisa de Sondagem Sorológica realizada em Teresina, neste final de semana. O levantamento estima que há 17.297 infectados na capital piauiense, o total de testes positivos realizados na  pesquisa foi de 2%. O crescimento nos casos de Covid-19 é na taxa de 38% por semana em Teresina.

Deste modo, os  resultados apontam que há 36 vezes mais casos na cidade do que os confirmados oficialmente. Sobre a reabertura, o prefeito destacou que só será possível quando o R0 foi igual a 1, sendo que atualmente está superior a este índice.

 “Essa reabertura só será mais rápida se fizermos esse processo de testagem, e isolamento, é uma colaboração importante, há muita reclamação no preço da compra do teste,  não tenho a menor dúvida que a iniciativa privada que tem visibilidade vai conseguir adquirir estes  testes. A obrigatoriedade hoje é dos estabelecimentos que estão funcionando, estão com receita, estamos chamando os  empresários para contribuir neste processo que vai auxiliar a todos. Se o R0 é igual a 1 nem podemos pensar em flexibilizar. Enquanto não tivermos um R0 igual a 1 será uma irresponsabilidade tratar de reabertura”, indicou.

Lockdown 

O prefeito indicou que está conversando com o governador sobre a possibilidade de decretar lockdown, uma das medidas em estudo é adotar a quarentena  durante a semana, e  o lockdown  no sábado e domingo, seguindo o exemplo de cidades da Turquia. “Nesta rodada de conversa com os prefeitos de outras cidades vimos o exemplo de Turquia, onde fazem uma quarentena  durante a semana e lockdown em dois dias”, disse. 

Firmino Filho afirmou que se o ritmo de crescimento nos casos continuar do modo como está, haverá um déficit de leitos de terapia intensiva. 

“Se nós continuarmos com o crescimento na ordem que está, em duas semanas não vamos ter mais leito de UTI, qualquer pessoa que precisar não vai ter. Estamos explorando este tempo para aumentar os leitos de UTI. Nossa grande necessidade é expandir os leitos de UTI, e estamos lutando para comprar ventiladores pulmonares, compramos 70 há 20 dias atrás e não chegou e  agora  recebemos a informação que a compra foi desfeita, tivemos o dinheiro devolvido, mas não conseguimos os respiradores. Diga-se de passagem o Governo Federal tem sido muito tímido neste tipo de  estratégia, ação”.

Comércio

Sobre a possível reabertura do comércio na capital, o prefeito disse que só será mais rápida se fizermos esse processo de testagem e de isolamento “É uma colaboração importante, há muita reclamação no preço da compra do teste,  não tenho a menor dúvida que a iniciativa privada que tem visibilidade vai conseguir adquirir estes  testes. A obrigatoriedade hoje é dos estabelecimentos que estão funcionando, estão com receita, estamos chamando os  empresários para contribuir neste processo que vai auxiliar a todos.  Se o R0 é igual a 1 nem podemos pensar em flexibilizar. Enquanto não tivermos um R0 igual a 1 será uma irresponsabilidade tratar de reabertura”, disse. 

Firmino Filho falou também na transmissão sobre a Prefeitura estar dificultando a venda de bebidas. Segundo ele, estava existindo o excesso em comercialização nos supermercados. “Muitos estavam virando lojas de departamento, eu sei o que é supermercado, o que vende, então esses excessos é que estão coibidos. Esta questão da bebida estamos dificultando a venda da bebida, pois tem algo nefasto: os números de acidentes relacionados a álcool continuam a crescer e estão bebendo muito em casa e quando vão às ruas provocam acidentes, qual a consequência disso? Um aumento na demanda de leitos de UTI. Não faz sentido num momento como esse, então estamos procurando dificultar a venda de bebidas”, completa. 

Lei Seca

Se os casos de excesso no consumo de bebidas alcóolicas (que desencadeiam em mais acidentes) continuarem crescendo, o prefeito admite recorrer à Justiça para poder implementar uma lei seca na capital. “Infelizmente o pessoal ainda não achou uma saída jurídica para a lei seca, neste momento temos que evitar o excesso de bebidas alcoólicas e se esse quadro continuar nas próximas semanas teremos até que desafiar a nossa assessoria jurídica e buscar medidas mais rígidas”, disse.

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