Em reunião na sexta-feira (19) com a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assumiu o compromisso de incluir os profissionais da educação no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19. O indicativo representa um recuo da União, que em janeiro havia deixado os professores e servidores do ensino fora das primeiras fases da campanha de imunização.
O deputado federal e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comemorou a novidade, sinalizando que havia atuado no Congresso Nacional para que a inclusão pudesse ser concretizada, com a apresentação de emendas à medida provisória que tratava sobre a temática da vacinação. "Após a aprovação da MP com nossas emendas, que inclui professores e trabalhadores da educação em grupos prioritários, Governo recua e promete incluir estes trabalhadores no grupo prioritário", apontou.
Pazuello prospectou que no mês que vem o grupo de profissionais de ensino já possa começar a ser contemplado com a vacina contra o novo coronavírus. Em relação a tal articulação, a FNP havia enviado ofício ao Ministério afirmando que “a vacinação trará mais segurança às aulas presenciais, mesmo que em sistema híbrido. A medida se torna necessária pois há grandes riscos de contaminação pelo novo coronavírus. Segundo relatório do Sistema Público de Saúde do Reino Unido, divulgado em janeiro deste ano, as escolas foram responsáveis por três vezes mais possíveis surtos de COVID-19 do que hospitais de outubro para cá.” Com a pressão, o líder da pasta revelou que fará uma adaptação no PNI. "Vamos fazer uma adaptação no Plano Nacional de Imunização (PNI) para incluí-los o mais rápido possível. Até março é uma possibilidade", frisou o ministro da Saúde.