Há quem relacione o aborto espontâneo à vacina contra a covid-19. Há alguma veracidade no risco de abordo espontâneo como consequência da vacina? A questão foi diretamente colocada ao infecciologista Miguel Araújo Abreu, assistente Hospitalar Doenças Infecciosas no Serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar da Universidade do Porto. A resposta não podia ser mais precisa.
“A evidência mais recente não mostra qualquer associação entre o abortamento espontâneo e a vacina contra a covid-19. Posso dizer que há um estudo recente publicado na JAMA, que avaliou mais de 100 000 gestações. A percentagem de abortamento espontâneo nas grávidas vacinadas não foi maior que o verificado nas grávidas não vacinadas”, garante o especialista.
Vivemos numa altura em que as medidas de contenção contra a pandemia do novo coronavírus estão já bastante aliviadas. Além disso, a percentagem de população portuguesa completamente vacinada é bastante relevante. Mas, ainda assim, está ainda é uma questão que alguns apontam.