A Fisioterapia e a Terapia Ocupacional, são profissões regulamentadas pelo Decreto Lei nº 938/1.969, que dispõe sobre a sua autonomia e possui habilidades e competências nas mais diversas áreas da atenção à saúde. São gestores, secretários, diretores, coordenadores e pessoas que estão na assistência. Duas profissões que se complementam e são essenciais no combate a qualquer doença: A Fisioterapia, por empenhar a ação de prevenção, promoção e recuperação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo, e a Terapia Ocupacional, por desenvolver e/ou aprimorar as capacidades ocupacionais remanescentes, do cotidiano, do social, do laborativo, com o uso de tecnologias assistivas. Juntas objetivam alcançar uma melhor qualidade de vida.
A atuação desses profissionais durante a recuperação dos pacientes atingidos pela COVID-19 está sendo essencial, pois o fisioterapeuta é um dos responsáveis pela estratégia ventilatória, gerenciamento de oxigenoterapia, manuseio do ventilador mecânico e ajuste de parâmetros ventilatórios. A presença desse profissional é importante tanto para a recuperação, manutenção e fortalecimento muscular, quanto para melhoria da capacidade pulmonar, reduzindo a mortalidade. Os tratamentos fisioterapêuticos reduzem em mais de 40% o tempo de internação, diminuindo a necessidade de medicamentos, custos e o risco de sequelas após a internação.
A Terapia Ocupacional se destaca pelo desenvolvimento de suas atividades diárias e no bem-estar como um todo, assim, intervindo na reabilitação, no posicionamento e nas estimulações cognitivas, motoras e sensoriais. Atuando também nas orientações e confecções de medidas alternativas de comunicação favorecendo, assim, a interação com a equipe, comunidade e família. A terapia ocupacional desempenha um papel relevante na produção de estratégias para facilitar o desenvolvimento das ocupações, nos aspectos do sofrimento psíquico e na saúde mental que envolve a pandemia da COVID-19.
Por meio da atuação desses profissionais, em Unidades de Terapia Intensiva - UTI ́s, enfermarias, clínicas, ambulatórios e hospitais, as pessoas estão sendo recuperadas, especialmente, as que apresentam sequelas motoras, neurológicas, vasculares, respiratórias e mentais desenvolvidas pela COVID-19. Onde desde o início o propósito dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais é prevenir, tratar, auxiliar, reabilitar e contribuir para bem estar dos pacientes/clientes.
Durante a pandemia da COVID-19, o Conselho de classe desses profissionais, desenvolveu ações em prol de uma melhor assistência fisioterapêutica e terapêutica ocupacional para a população. Realizou fiscalizações nas unidades de saúde do Estado do Piauí, participou de audiências no Ministério Público do Piauí, intensificou capacitações presenciais e virtuais promovendo o cuidado de profissionais em relação a biossegurança, que trouxe resultados positivos em relação ao número de contaminados (apesar de ser a menor contaminação registrada entre os profissionais da saúde, infelizmente tivemos dois óbitos registrados por conta da COVID-19), ofereceu apoio psicológico, participou ativamente das discussões sobre intervenção na saúde, pontuou a importância dos centros de reabilitação no Estado, e vem participando de audiências pela vacinação. Desta forma, contribuindo e garantindo uma assistência de qualidade e representativa na Saúde do Estado do Piauí.
“Queremos ampliar, valorizar e buscar formas de reconhecimento por meio da remuneração que ainda é bastante defasada no nosso Estado. Estamos contentes pela atuação das nossas profissões no combate à COVID-19, estamos também conscientes que esse papel sempre foi desenvolvido antes da pandemia. Aproveito para pedir que cuidem dos nossos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, valorizem-nos. E, precisando, procurem sempre o FISIOTERAPEUTA e TERAPEUTA OCUPACIONAL registrado no CREFITO-14”, pontua o Presidente Dr. Rodrigo Amorim.