A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) recebeu Nota Técnica do Ministério da Saúde sobre a administração de dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 para a população, especialmente para grupos de maior vulnerabilidade. Na nota, são citados aqueles acima de 70 anos e os indivíduos com alto grau de imunossupressão por apresentarem menor proteção pelo esquema padrão de vacinação aos mais diversos tipos de imunizantes.
O Ministério considera que essa parcela da população continua sendo a que é mais acometida das formas graves da Covid-19 com indícios de ascensão nas taxas de hospitalizações e óbitos. Por isso, a necessidade de uma dose de reforço. A decisão foi tomada após ampla discussão na Câmara Técnica em Imunização da Covid19 (CTAI COVID-19).
A Nota Técnica explica que a dose de reforço será administrada a partir do dia 15 de setembro de 2021 preferencialmente com a vacina da Pfizer. De maneira alternativa, vacinas da Janssen ou Astrazeneca. As pessoas com mais de 70 anos devem tomar a dose de reforço seis meses depois da última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente do imunizante aplicado. Os imunossuprimidos vão receber a dose de reforço com um intervalo de 28 dias depois que tomaram a segunda dose ou dose única.
Com o avanço da vacinação nas demais faixas etárias, a depender da evolução da epidemia no país, bem como o surgimento de novas evidências científicas, a administração de doses adicionais para outros grupos poderá ser considerada.
São consideradas imunossuprimidas as pessoas com Imunodeficiência primária grave; que estão fazendo quimioterapia para câncer; Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras; Pessoas vivendo com HIV/Aids com CD4; que usam corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias; que usam drogas modificadoras da resposta imune; Pacientes em hemodiálise;- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias).
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto o Piauí estava apenas aguardando a confirmação do Ministério sobre essa dose de reforço. “A confirmação do Ministério é baseada em informações técnicas científicas. O Piauí está preparado e à medida em que for recebendo as vacinas vai iniciar esta terceira aplicação”, diz o gestor.