O governo de São Paulo vai prorrogar a fase emergencial do Plano São Paulo por mais 15 dias. A medida restritiva, que inicialmente valeria até a próxima terça (30), será estendida até o dia 11 de abril, um domingo. O anúncio foi feito na coletiva de imprensa desta sexta (26) no Palácio dos Bandeirantes pelo vice-governador Rodrigo Garcia (DEM). Nesta fase, todos os serviços não essenciais ficam fechados e há uma espécie de toque de recolher a partir das 20h.
A ampliação do período, calculado inicialmente para 15 dias, já era considerada pelo governo paulista. Com o anúncio, serão 26 dias de todo o estado na fase emergencial depois de nove dias já na fase vermelha. São Paulo passa pelo pior momento da pandemia desde março do ano passado, com recorde de mortes em 24 horas nesta semana, e índice de ocupação de UTI (unidade de terapia intensiva) em quase 92%.
Na avaliação do Centro de Contingência do Coronavírus, o período de restrição de circulação de pessoas é essencial para a redução dos altos índices da pandemia. As duas últimas semanas, no entanto, não registraram queda na escalada de casos, mortes e internações por covid. Acreditamos que ao longo desse período vamos começar a observar redução progressiva no número de casos graves, consequente dessas medidas e pelo efeito protetor da vacinação no estado. Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência O governo diz já ver esse efeitos brandos deste período, com desaceleração de internações diárias para um crescimento de 2,2% por dia.
'Espécie de lockdown'
O objetivo da medida é prorrogar essa restrição por mais tempo para chegar ao resultado necessário. Os membros se referem à fase emergencial como uma espécie de lockdown, em que a circulação de pessoas não é proibida, mas restrita ao máximo. O termo "lockdown", antes rejeitado taxativamente pela gestão de João Doria (PSDB), começou a ser considerado com o agravamento da situação. Algumas cidades, como Santos, no litoral, o Campinas, no interior, passaram também a adotar medidas mais rígidas.