Através de uma parceria do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um estudo inédito inicia nesta segunda-feira (16) com o objetivo de elencar a real necessidade de uma terceira dose de vacinas contra a Covid-19. O estudo conta com 1.200 voluntários que tomaram as duas doses da CoronaVac.
A ideia é que a pesquisa seja ampla, estudando os quatro imunizantes em aplicação no Brasil. No caso, AstraZeneca, CoronaVac, Pfizer e Janssen (essa com dose única). Enquanto alguns voluntários vão tomar uma dose adicional da CoronaVac, outros serão testados com uma dose adicional de vacinas de marcas diferentes para analisar possíveis reações.
O cruzamento de imunizantes pode ser benéfico ou não, mas o que vai dizer isso são as avaliações dos pesquisadores. A Anvisa já havia autorizado em julho que a AstraZeneca e Pfizer investigassem a necessidade de uma dose extra, algo que vem sendo analisada em cinco estados brasileiros.
A responsável pelo estudo em São Paulo, Dra. Lily Yin Weckx, explicou ao G1 porque alguns precisam de reforço na imunização. "Pessoas imunocomprometidas, pessoas transplantadas, que recebem constantemente muitas pressões, estes respondem pior pras vacinas. E os 'tipos' de anticorpos caem mais rápido. Então pra esses acho que é necessário realmente uma possibilidade de uma terceira dose", explica.
A idade é um fator importante neste aspecto. "Geralmente as pessoas idosas respondem pior também, né? Porque existe o fenômeno chamado de imunossenescência. O envelhecimento do sistema imune. Por isso que a resposta pode ser pior e a resposta dos anticorpos pode cair precocemente", finaliza.