É inegável a quantidade de afazeres que preocupam a mente feminina na atualidade. Com a conquista de sua participação no mercado de trabalho, as mulheres acumulam cada vez mais atividades, ficando com pouco tempo para cuidar de si mesmas. A higiene íntima, contudo, deve ser encarada como item essencial no dia a dia delas que, por meio de cuidados específicos, podem ajudar a evitar problemas ginecológicos recorrentes.
Segundo o Dr. Paulo Giraldo, ginecologista e obstetra, especialista em higiene íntima, há diversos mitos relacionados à higiene íntima. “O fato é que atitudes simples – como usar o sabonete adequado, higienizar corretamente a região íntima, não usar roupas muito justas e não abafar o local – ajudam a manter equilibrado o pH natural da região íntima por mais tempo, ajudando a prevenir possíveis odores.”
E, pensando no tipo de calcinha usada, o médico reforça que, após a lavagem, a roupa íntima deve ser enxaguada exaustivamente para a retirada de resíduos químicos. Também é importante o uso de peças em tecidos não sintéticos, que favoreçam a ventilação local, e, quando possível, dormir sem calcinha ou com roupas largas para aumentar a ventilação da região. “A roupa íntima apertada pode dificultar a chegada de sangue oxigenado na pele da vulva, o que dificulta também a drenagem venosa e linfática”, acrescenta Giraldo.
Além disso, estar atenta à periodicidade de limpeza é essencial. A higienização correta deve ser feita pelo menos uma vez ao dia em climas mais amenos e de uma a três vezes ao dia em temperaturas mais quentes. Além disso, o uso dos sabonetes íntimos deve se restringir à higiene da parte externa da região genital. Esses sabonetes não devem ser utilizados para duchas vaginais (internas) nem para tratar infecções ou inflamações genitais. Os lenços umedecidos são úteis para a higiene fora de casa. Sua aplicação deve ser suave e o uso não deve ser abusivo, para não remover a camada protetora da pele. Os lenços hipoalérgicos com pH ácido, especiais para a região íntima, são os mais recomendados.