Dor, dificuldade de realizar movimentos, inchaço e hipersensibilidade na zona afetada. Esses são sintomas típicos de tendinite, doença caracterizada pela inflamação do tendão que costuma afetar, principalmente, ombro, cotovelo, punho, joelho e tornozelo. As causas da patologia são diversas e vão desde alimentação inadequada, falta de alongamento muscular, estresse e envelhecimento, a realização de movimentos e esforços prolongados e repetitivos sobre o tendão.
Nos últimos anos, casos de tendinite tiveram crescimento exponencial devido ao uso excessivo de smartphones. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as doenças reumáticas que atingem as articulações já afetam cercam de 12 milhões de brasileiros no país.
O fisioterapeuta do Sistema Hapvida Maceió, Gustavo Palmieri, chama atenção para o teclar, que pode ser uma atividade perigosa para a saúde musculoesquelética do corpo. É que a repetição dos movimentos pode sobrecarregar o tendão responsável por flexionar e estender o dedo polegar.
“Além das mãos, o mau uso da tecnologia também pode acarretar dores no pescoço e nos ombros, devido à posição baixa da cabeça e esforço para manter o celular próximo aos olhos”, complementa.
De acordo com o fisioterapeuta, o recomendado é buscar apoio de um profissional capacitado ao menor sinal de desconforto. O diagnóstico da tendinite é feito por meio de apalpamento da região afetada, exames de imagem e raio-x.
O tratamento da tendinite engloba medidas para evitar que a dor volte, como repouso do tendão afetado, uso de remédios analgésicos e anti-inflamatórios e fisioterapia para analgesia. “A fisioterapia pode ser uma grande aliada para tratar casos de tendinite, pois, além de desinflamar o tendão, também ajuda a fortalecer os músculos e articulações, melhorando a flexibilidade e reduzindo a dor”, ressalta Gustavo Palmieri.
O fisioterapeuta destaca que é importante pensar em formas de evitar a sobrecarga do dedo polegar, como utilizar as duas mãos para teclar, e realizar alongamento das mãos, punhos, pescoço, ombros, braços e antebraços a cada 20 ou 30 minutos de uso de smartphone.
“Outra excelente maneira de prevenção à tendinite é realizar exercícios diários, como mobilizações orientadas por um fisioterapeuta. A atividade física, como a musculação, por exemplo, também é uma grande aliada”, finaliza.