Alfabetizado aos 91 anos, idoso se emociona ao ganhar diploma

Geraldo Nascimento Ribeiro mora em um asilo.

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A noite da última quarta-feira foi histórica e marcante para Geraldo Nascimento Ribeiro, mesmo já tendo passado por muita coisa durante quase um século de vida. A entrega de um certificado de alfabetização emocionou o ex-agricultor de 91 anos, morador de um asilo em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

“Foi muito emocionante, ser homenageado é sempre bom. Há muitos anos eu não tinha contato com o estudo", disse o idoso sobre o momento em que recebeu o diploma do Programa Brasil Alfabetizado.

Geraldo nasceu em Campos e há dois anos vive no Asilo Monsenhor Severino. Segundo funcionários do local, ele é um dos mais comunicativos idosos que estão na unidade, onde é um dos mais velhos.

"Ele é muito comunicativo, extrovertido, gosta muito de contar histórias, sempre participa das oficinas que oferecemos. É muito interessado e um ser-humano maravilhoso”, disse o coordenador do asilo, Frederico Araújo.

Geraldo sabia ler e escrever um pouco antes de participar do programa de alfabetização, e diz que a partir de agora os novos conhecimentos vão ajudar em suas atividades diárias.

"Eu gosto muito de ouvir rádio, vejo televisão também, mas prefiro rádio. Agora vou ler mais jornal, gosto de jornal", disse enquanto mostrava o certificado e um jornal em que uma foto da cerimônia de entrega dos certificados foi publicada.

O idoso também explicou que sempre gostou de livros, principalmente sobre futebol, uma de suas paixões.

"Eu já vivi em uma casa que tinha várias enciclopédias e livros. Um deles é sobre o futebol campista, que guardo comigo até hoje. Sempre olho ele e vou ler ainda mais. O futebol de Campos tem times centenários e uma história muito rica", explicou e disse que torce para o Americano em Campos e para o Fluminense no Rio.

Segundo o secretário de Educação de Campos, Brand Arenari, a felicidade de Geraldo ao receber o certificado foi o ponto alto do evento, onde os mais de 200 formandos foram diplomados.

“É uma honra poder fazer parte deste momento de conquista para os formandos e de lição de vida para todos nós. A alfabetização faz parte do processo de cidadania. Ao decifrar os códigos de leitura e escrita de uma sociedade ficamos mais inseridos nela. Nunca é tarde para o conhecimento”, frisou.

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