Arqueólogos encontram objetos raros perto de Stonehenge

Achados podem indicar que havia atividade humana na região há cerca de 7 mil anos

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Escavações realizadas pela Wessex Archaeology, na estrada A303, que liga as cidades inglesas de Amesbury e Berwick, perto do monumento de Stonehenge, deixaram os arqueólogos impressionados.

Por lá, foram descobertos enterros do período Neolítico, uma construção da Idade do Bronze e ferramentas antigas, além de objetos de cerâmica. Os achados podem indicar que havia atividade humana naquela região há cerca de 7 mil anos.

“Essas investigações preliminares nos deram a oportunidade de entender mais sobre esse lugar e nos aprofundar na vida daqueles que viveram aqui durante centenas de anos”, diz o arqueólogo consultor da Wessex Archaeology, Matt Leivers, em comunicado.

Esqueleto (Foto: divulgação)

Uma das descobertas que mais chamou a atenção foi a de um objeto feito de argila xistosa — um tipo de rocha laminada —, que foi descoberta dentro do túmulo de uma mulher que tinha entre 20 e 30 anos quando morreu.

De acordo com os pesquisadores, o enterro aconteceu há cerca de 4.500 anos, no período histórico conhecido como Beaker. Foi nessa época, inclusive, que novos itens de cerâmica começaram a aparecer na Inglaterra. O que coincide quando as esculturas de Stonehenge começaram a ser construídas.

“É um objeto único: nunca havíamos visto um assim antes”, comemora Leivers. “Embora não seja tão significante, podemos especular o que ele era — pode ter sido um copo cerimonioso danificado de propósito antes de ser colocado no túmulo ou pode ter sido a conclusão de uma equipe ou clube”, especula.

Objeto de argila (Foto: divulgação)

Além dos achados, também descobriu-se que, no local, haviam poços que tinham traços de atividade humana, o que inclui fragmentos de cerâmica e ossos de animais. “O que encontramos são pequenos traços e detalhes íntimos dessas pessoas. Não vai mudar nosso entendimento desse lugar, mas pode nos ajudar a obter informações e adicionar à imagem que já temos”, diz o pesquisador.

Na pesquisa, também foi identificada uma construção em formato de ‘C’, que parece ter sido um local ocupado para a realização de trabalho industrial. Isso se deve à densidade de pederneira queimada que foi identificada no solo a seu redor.

Porém, as descobertas não dever parar por aí, já que os principais trabalhos no campo devem ocorrer no segundo trimestre desse ano. Com isso, cerca de 150 arqueólogos devem trabalhar nesta região durante um ano e meio.

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