Leonarda Cianciulli foi uma assassina italiana que matou três mulheres e em seguida, transformou seus corpos em sabão. Ela ficou marcada como uma das serial killers mais macabras da história do país.
A criminosa teve uma infância difícil. Não recebeu amor da mãe, porque ela repudiava a filha ter sido fruto de um estupro. Em 1914, se casou com um sujeito chamado Raffaele Pansardi. Nessa época, segundo Leonarda, foi amaldiçoada pela mãe, que desaprovou a união. Por coincidência ou não, a relação foi mais do que desastrosa. Ela perdeu 13 dos seus 17 filhos. Três em abortos e outros dez morreram na adolescência.
Procurou ajuda de uma cigana, temendo perder os únicos filhos que lhe restaram. E o que descobriu foi assustador: nenhum filho sobreviveria tanto tempo. E mais: a mulher viu, lendo uma de suas mãos, uma idosa assassina no fim da vida, presa num sanatório criminal. As previsões estavam certas. Leonarda ficou louca com a ideia de perder todos os filhos, inclusive o preferido, Giuseppe, que tinha acabado de se alistar para o exército, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Ela chegou a conclusão de que para salvar os filhos, teria que fazer sacrifícios humanos. Matou três mulheres com requintes de crueldade. Faustina Setti, a primeira vítima, contou a ajuda da "gentil Leonarda" para encontrar um marido. A assassina a chamou para conversar diversas vezes e, na última visita, ofereceu uma taça de vinho envenenada.
Leonarda a golpeou com um machado e, em seguida, levou o corpo para um quartinho e esquartejou a vizinha. “Eu joguei os pedaços em uma panela, acrescentei sete quilos de soda cáustica, que eu tinha comprado para fazer sabão, e misturei tudo até que os pedaços se dissolvessem em uma pasta escura, que coloquei em vários baldes e despejei em uma fossa. O sangue que restou na pia, esperei até coagular, coloquei no forno, misturando-o com a farinha, açúcar, chocolate, leite, ovos e um pouco de margarina. Amassei todos os ingredientes. Fiz vários bolinhos de chá e os servi para minha visitas. Giuseppe e eu também comemos". diz o relato da assassina.
Francesca Soavi e Virginia Cacioppo foram as outras vítimas. Todas acabaram dentro de uma panela, assim como a primeira. Além dos bolinhos humanos, o corpo da última foi usado para fazer sabão. Assim que derreteu na soda cáustica, ela adicionou um pouco de perfume. Fez sabonetes cremosos e deu algumas barras para vizinhos e conhecidos.
Familiares da última vítima alertaram o sumiço às autoridades locais. Logo descobriram a verdadeira personalidade doentia de Leonarda. Não demorou muito para ser considerada culpada e condenada a trinta anos de prisão e três anos em um sanatório penal. Acabou morrendo — como mostrava a bizarra previsão da cigana — aos 78, de apoplexia cerebral, no asilo de mulheres criminosas.