Azeite de pequi: pode ser usado no tratamento do lúpus

O óleo de pequi, por sua vez, tem sido associado à redução dos processos inflamatórios de doenças crônicas e autoimunes, como, por exemplo, o lúpus.

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O pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) é cultivado em todo o território que abrange o Cerrado brasileiro e também no Nordeste do país. De grande valor econômico e cultural, o pequi, consumido regularmente, contribui para a prevenção de doenças degenerativas em razão de seu elevado teor de antioxidantes, vitaminas C e E, carotenoides e polifenóis.

O consumo de pequi em preparações culinárias, bem como na forma de dermocosméticos e nutracêuticos, pode promover benefícios à saúde enfatizados pela ciência. Estudos apontam que o extrato etanólico do fruto possui conteúdo fenólico e atividade antioxidante que ocorrem através de moléculas bioativas. O óleo de pequi, por sua vez, tem sido associado à redução dos processos inflamatórios de doenças crônicas e autoimunes, como, por exemplo, o lúpus.

Estudos avaliaram as propriedades anti-inflamatórias do óleo de pequi e de seus efeitos na lipemia pós-prandial e na pressão arterial de atletas masculinos e femininos. Alguns atletas foram avaliados antes e após uma corrida – realizada sob o mesmo ambiente e sob as mesmas condições de treino ‒, após ingerirem 400mg de cápsulas de óleo de pequi, ao longo de 14 dias. O consumo do óleo de pequi contribuiu para prevenir, não só a inflamação, mas, também, para reduzir o colesterol ruim (LDL), sobretudo, em atletas masculinos e com mais de 45 anos.

 Alimentos elaborados a partir de subprodutos do fruto, como o azeite de pequi, também, têm chamado atenção em razão de seus benefícios à saúde. O azeite de pequi possui coloração vermelho-alaranjada devido à elevada quantidade de carotenoides, sobretudo, betacaroteno com ação pró-vitamina A. Muito tem-se explorado a respeito dos benefícios dos carotenoides na prevenção de doenças como câncer e do aparelho circulatório, uma vez que eles podem inibir a oxidação das moléculas de LDL colesterol, evitando sua deposição na parede de vasos e artérias. Quanto aos ácidos graxos, estudos demonstraram que o azeite de pequi se constitui, principalmente, pelos ácidos oleico (ômega-9) e palmítico (ácido graxo saturado), além de pequenas quantidades de ácido esteárico, linoleico, entre outros.

 Extraído de forma artesanal, o azeite de pequi pode ser empregado em receitas culinárias, aumentando a densidade nutricional e incorporando mais sabor e aroma nas preparações.

 Em vista da qualidade nutricional e sensorial, o produto pode melhorar o teor nutricional da dieta, estimular a produção sustentável do pequi no Cerrado brasileiro e conferir às preparações culinárias sabores e aromas diferenciados.

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