Bebê nasce com 5,7 kg após mãe ter diabetes gestacional; entenda

Esse tipo de diabetes precisa ser tratado de forma correta e rápida

| ASCOM/HRPP
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O nascimento de um bebê de quase 6 kg e 54 cm, nesta segunda-feira (04), na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, chamou a atenção. Rafael Gomes Gonçalves nasceu após uma cesárea considerada de alto risco pelos médicos. 

Segundo os especialistas, a explicação para o menino ter nascido com o peso acima do padrão foi o diabetes gestacional da mãe. O problema pode aparecer perto do terceiro trimestre de gravidez por causa da resistência à insulina e maus hábitos (como sedentarismo e má alimentação). Esse tipo de diabetes tem cura e precisa ser  tratado de forma correta e rápida, para não prejudicar a saúde da mãe e da criança. 

Depois do nascimento, Rafael teve de ficar em observação na UTI neonatal para monitorar a glicemia, para que não desenvolva diabetes na vida adulta ou tenha complicações ainda no hospital, como uma hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), pois a criança deixa de receber grande quantidade de glicose da mãe pelo cordão umbilical e passa a ser alimentada pelo leite materno. 

Crédito: ASCOM/HRPP

"Esse distúrbio metabólico pode provocar lesão grave no sistema nervoso central", alerta Mariane Franco, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). 

Segundo Franco, o bebê deve ser monitorado por até 72 horas para evitar que o baixo nível de açúcar gere qualquer episódio neurológico. Se o quadro não se estabilizar e a criança voltar a apresentar sintomas de hipoglicemia, deve-se investigar outras doenças metabólicas.  

O tratamento da hipoglicemia em recém-nascidos é basicamente por meio da alimentação. Nessa fase da vida, é indicada a amamentação por livre demanda, ou seja, quando o bebê "pedir". Mas se isso não ocorrer a recomendação é que a mãe não deixe a criança por mais de três horas sem mamar.  

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