Biólogo flagra onças-pintadas brigando por filhotes no Pantanal de MS

Na propriedade em que trabalha, o avistamento de onças é frequente e faz parte de um projeto de ecoturismo, chamado “Onçafari”, que leva turistas para ver os felinos.

Onça-pintada | Eduardo Fragoso
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Duas onças-pintadas fêmeas foram flagradas brigando, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O registro foi feito pelo biólogo Eduardo Fragoso, que explica o contexto do vídeo: "a mãe [uma das onças] está tentando expulsar a outra fêmea do território e proteger o filhote", que aparece no canto direito da imagem.

Trabalhar e viver no mesmo ambiente, acordar aos sons dos papagaios e araras e avistar onças-pintadas quase que diariamente. Assim é um pouco do dia a dia de Eduardo Fragoso, que escolheu o Pantanal de Mato Grosso do Sul como casa, há seis anos. Os registros dos animais, que começaram como um hobbie, viram sucesso nas redes sociais do biólogo.

Desde 2015, Fragoso realiza pesquisas junto ao maior felino das américas, a onça-pintada. Desde então, vários vídeos e fotos foram feitos. As cenas registradas pelo biólogo buscam mostrar o comportamento, a alimentação, o deslocamento e a interação das onças na natureza, em liberdade.

Animal registrado por biólogo em seu habita natural. (Foto: Eduardo Fragoso )

O biólogo conta que é no "quintal de casa" que ele se depara com a vida selvagem.

Projeto

Fragoso explica que um dos trabalhos que ele faz no Pantanal é o de habituação. Que por meio da insistência, os animais silvestres se habituem com a presença de veículos usados para o monitoramento da espécie. Na propriedade em que trabalha, o avistamento de onças é frequente e faz parte de um projeto de ecoturismo, chamado "Onçafari", que leva turistas para ver os felinos.

Filhotes de onça-pintada passeiam no Pantanal. (Foto: Eduardo Fragoso )

"Então os animais nos primeiros encontros acabam fugindo. Com o tempo, neste monitoramento diário, eles vão vendo que nós não representamos uma ameaça. Eles veem que a gente chega, vai embora e nada de ruim acontece. Nós somos uma coisa neutra. Nós não interferimos na vida do animal, nós observamos ele naturalmente. É um trabalho contínuo e que demanda muito tempo", disse.

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