Chinesa tem cérebro congelado como experimento para voltar à vida

Ela pretendia voltar a viver daqui há 50 anos.

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Uma escritora chinesa chamada Du Hong decidiu passar por um experimento nunca antes visto na medicina. Usando a prática da criogenia, ou seja, a técnica de preservação do corpo por nitrogênio congelando a pessoa podendo preservar todo o funcionamento dos órgãos para acordá-la no futuro, ela quer inovar essa prática.

Usando um investimento alto, Hong sempre teve o objetivo de ter o seu cérebro congelado após a sua morte. Segundo ela, em um futuro poderá ser ressuscitada através da ciência. Du Hong pagou cerca de 475 mil reais, antes de morrer, para a prática.

 Em maio deste ano, a chinesa faleceu, aos 61 anos, vítima de um câncer no pâncreas. Conforme seu desejo e seu alto investimento, seu cérebro foi retirado de seu corpo e conservado em nitrogênio a temperaturas de -196 ºC. Por enquanto, é apenas isto que pode ser feito por Hong.

A criogenia é utilizada, atualmente, para preservar corpos e partes do corpo humano, seja para estudo ou para implantes. O ato de “trazer algo a vida novamente” está, atualmente, muito além da capacidade humana. “Se ainda temos dificuldades com transplantes de órgãos em relação à conservação, o que falar sobre reviver uma pessoa?”, questionou Zheng Congyi, professor da Universidade de Wuhan.

 O caso de Du Hong ainda esbarra em uma questão ética delicada, já que apenas seu cérebro foi congelado, e não o resto de seu corpo. Caso o processo possa ser realizado, um dia, seria necessário implantar seu cérebro em outro corpo.

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