Com deficiência visual, gari passa na UFG e vai estudar história

Rogério contou com a ajuda da família para conseguir aliar o trabalho e os estudos.

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Um glaucoma tirou há três anos a visão de Rogério Gomes da Silva, mas não tirou em nada sua possibilidades de vida – e nem se transformou em um limite para ele. Aos 37 anos e trabalhando como gari para a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desde 2006, Rogério acaba de ser aprovado pelo Enem para o curso de bacharel em História na Universidade Federal de Goiás (UFG). Sua matrícula aconteceu no dia 4 de fevereiro.

Rogério contou com a ajuda da família para conseguir aliar o trabalho e os estudos, utilizando apostilas em braile e a leitura eventual de sua filha de 17 anos. Sua condição trouxe dificuldades para que ele conseguisse concluir o ensino médio, feito que alcançou em 2016 – e desde então a preparação para o Enem tem sido intensa – e agora devidamente recompensada.

Ultrapassar barreiras, porém, não é novidade para Rogério – que descobriu o glaucoma aos 13 anos de idade, e foi aprovado no concurso público para a Comurg com cerca de 10% da visão. Seu trabalho é parte da equipe de corte e reposição de terra nas embalagens recicláveis utilizadas para a produção de mudas na cidade – e agora também será se tornar um historiador.

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