Os cientistas há muito acreditam que a lua se formou a partir de detritos quando um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra há 4,5 bilhões de anos. Mas há um problema muito grande com a conhecida hipótese do impacto gigante.
Se a lua, de fato, se formou a partir da colisão entre a Terra e um outro objeto, por que a lua tem uma composição química mais próxima somente do nosso planeta? Não deveria conter restos químicos distintos do outro objeto também?
"Em termos de composição, a Terra e a lua são quase gêmeas, suas composições diferem, no máximo, de algumas poucas partes de um total de um milhão", disse a Dra. Alessandra Mastrobuono-Battisti, astrofísica do Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, ao site Space.com. "Esta contradição tem lançado uma longa sombra sobre o modelo do impacto gigante."
Finalmente, um novo estudo, realizado por uma equipe internacional de cientistas - que inclui Mastrobuono-Battisti - oferece uma forma de explicar esse problema.
Anteriormente, os cientistas acreditavam que a probabilidade de que a Terra e seu objeto de impacto tivessem composições semelhantes era de apenas cerca de 1 por cento. Mas novas pesquisas aumentaram essas chances para 20 a 40 por cento.
Para a pesquisa, a equipe analisou dados das simulações feitas em computador de 40 sistemas solares artificiais para examinar como, muitas vezes, os planetas são semelhantes aos grandes objetos que os atingem, relatou a Revista Smithsonian Magazine.
No fim eles descobriram que já que muitos planetas e seus objetos de impacto formam distâncias semelhantes do sol, eles tinham composições semelhantes - similares o suficiente para dar conta das semelhanças encontradas entre a Terra e a Lua.
"Em média, os objetos de impacto são mais semelhantes aos planetas onde causam o impacto, em comparação com planetas diferentes no mesmo sistema ", disse Mastrobuono-Battisti ao Discovery News. "Nosso estudo foi o primeiro a examinar esta questão, agora explorando isso com um grande volume de dados e uma ampla gama de modelos."
O estudo foi publicado online na Revista Nature em 09 de abril.