Há algumas horas após o encerramento da votação nas eleições do domingo (6), o Brasil já deve ter definido os prefeitos e vereadores de todas as cidades (exceto as que tiverem segundo turno entre prefeitos)— um resultado cuja rapidez só é possível graças às urnas eletrônicas.
Mas, afinal, como é possível que os votos de milhões de brasileiros sejam computados, reunidos e avaliados por uma tecnologia que sequer é conectada à internet?
PRIMEIRO PASSO
O primeiro passo, quando a votação acaba, é o encerramento da urna eletrônica por parte dos mesários. Ela é um aparelho fechado que possui uma CPU, fonte de energia e software próprios para garantir seu funcionamento.
No aparelho, há um cartão de memória interno que guarda os votos de maneira criptografada, com o objetivo de garantir a segurança. A criptografia é uma camada de segurança que embaralha os dados, não sendo possível decifrá-los sem um software exclusivo.
EMISSÃO DO BOLETIM DE URNA
Depois do encerramento, é emitido o boletim de urna (BU), em papel, e um arquivo digital chamado Registro Digital de Voto (RDV). Também conhecido como “memória de resultado”, o arquivo é armazenado em um pen drive e enviado a um ponto de transmissão, localizado em um cartório eleitoral.
Vias físicas do BU são fixadas na porta da seção, enviadas a cartórios eleitorais, à fiscalização e ao presidente de cada seção.
SOMA DOS RESULTADOS
Os Tribunais Regionais Eleitorais, que recebem as informações dos votos, fazem a soma de cada estado e repassam os dados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma rede privada. No caso da eleição para presidente da república, o órgão é o responsável pela totalização e divulgação dos números.
Apesar de críticas de grupos políticos como seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL), as urnas são comprovadamente seguras, tendo passado pelo teste de integridade do TSE, além de auditáveis.
O cidadão pode acompanhar a apuração em tempo real no site do TSE ou no aplicativo Resultados, disponível para Android e iPhone (iOS).