Confira cinco dietas malucas que podem ser consideradas mortais

A busca por um corpo magro e dentro dos padrões de beleza pode levar algumas pessoas ao extremo

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A busca por um corpo magro e dentro dos padrões de beleza pode levar algumas pessoas ao extremo. Por mais que muitos insistam em vender uma ilusão, não há atalhos para uma alimentação saudável e balanceada. Listamos 5 dietas que, além de malucas, podem acabar detonando a sua saúde.

1. A dieta do “tudo cru”

A ideia é não comer nada cozido; parece fácil, certo? Além de muitos alimentos terem um sabor bem intragável quando não estão cozidos, consumi-los dessa forma dificulta a obtenção de calorias – para o mal. O FDA, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, recomenda a ingestão diária de 2 mil calorias. Obtê-las por meio de alimentos crus seria o equivalente a consumir 90 tomates de tamanho médio (já pensou?!).

Ainda, estudos mostram que, mais do que ajudar na digestão, o processo de cozinhar os alimentos também aumenta a quantidade de antioxidantes absorvidos nas refeições. O risco de contrair doenças como listeria, salmonela e diarreia mortal (sim, você leu isso mesmo) é muito maior quando os alimentos não estão cozidos.

2. A dieta cetogênica

Desenvolvida na década de 1920, essa dieta funcionava como uma ferramenta terapêutica para o tratamento de crianças epilépticas. Privando o cérebro de glicose, os cientistas buscavam mudar sua química, reduzindo as convulsões. Na moda do emagrecimento, a ideia seria que, sem glicose, o organismo usaria as próprias reservas de gordura para gerar algo semelhante ao tal elemento (os chamados corpos cetônicos).

O problema é que essa baixa de glicose tem um efeito devastador: estudos comprovam que há aumento de 50% nas gorduras que entopem artérias, mesmo mais de 1 ano depois da interrupção da dieta, e o desenvolvimento de problemas gastrointestinais, como refluxo e constipação, em quem segue essa dieta. A acidez dos corpos cetônicos produzidos também aumenta, em muito, o risco de pedras nos rins.

3. Whole 30, ou todos os 30 dias do mês

O plano consiste, basicamente, em cortar uma série de elementos (como açúcar, álcool, grãos, legumes, laticínios etc.) por 30 dias. Uma espécie de “detox” com zero comprovação científica. Até porque, se você simplesmente parar de ingerir legumes e grãos, pode ter uma constipação pesada (uma forma mais educadinha de dizer que você vai ficar com prisão de ventre por um bom tempo).

As bactérias do nosso intestino, que nos ajudam a absorver os nutrientes e digerir os alimentos, precisam de fibras para trabalhar... Cortar completamente os laticínios, fonte de cálcio, também não é a maneira mais adequada de equilibrar sua dieta, convenhamos.

4. A dieta paleolítica

Se você pensou em homens da caverna, sua referência não está errada. Essa dieta consiste no consumo exclusivo de carne, alegando se tratar de um hábito alimentar ancestral. Acontece que a carne não apenas é uma grande responsável pela gordura saturada no nosso corpo, que obstrui as artérias, como também pode aumentar o risco de câncer.

A carne vermelha contribui com o desenvolvimento do câncer de cólon, já que a molécula que lhe garante a cor também promove o crescimento de um composto carcinógeno no organismo. Fora todo o problema já mencionado de ficar sem fibras...

5. A dieta vegana

O que Coca-cola, pão branco e batata-frita têm em comum? Exatamente, são todos alimentos livres de produtos de origem animal, além de — claro — não serem exatamente os mais saudáveis da Terra... Se feita de qualquer maneira, sem muitos cuidados, uma dieta baseada apenas no consumo de alimentos de origem vegetal pode acabar em um quadro severo de deficiência de ferro, vitamina B12 e cálcio. Se seguida adequadamente, essa dieta não exige a presença de alimentos superprocessados, como cereais matinais e leite de nozes.

Seja por questões éticas ou pela busca do corpo perfeito, o fato é que escolher uma dieta deve envolver um bom acompanhamento (preferencialmente profissional) e um cardápio equilibrado, capaz de fornecer todos os nutrientes de que nosso corpo precisa em quantidade adequada. Lembre-se: equilíbrio é a palavra-chave.

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