No dia 13 de julho, é celebrado o Dia Mundial do Rock, pois nessa data, em 1985, foi realizado o concerto beneficente Live Aid, que ocorreu simultaneamente nos estádios Wembley, em Londres, e John F. Kennedy, na Filadélfia. O megaevento, que este ano completa 34 anos, foi organizado pelos cantores e compositores Bob Geldof e Midge Ure, com objetivo de levantar fundos para combate à crise humanitária na Etiópia.
Em cada cidade, mais de 20 atrações que se apresentaram tiveram grande simbologia e importância. “Dada a grandeza do evento, os dois shows foram importantes para chamar a atenção da mídia para o problema de fome no país africano. Em Londres, o público foi de 72 mil pessoas, já na Filadélfia foi de 100 mil”, conta Ciro Visconti, coordenador da primeira e única pós-graduação em Rock do Brasil.
As performances dos artistas demoraram cerca de 10 horas em cada um dos dois palcos e foram transmitidas via satélite para cerca de 150 países, alcançando aproximadamente 1,5 bilhão de espectadores. “O show de 21 minutos do Queen no Live Aid foi eleito como a melhor performance de um artista na história do Rock em uma votação entre artistas, produtores e jornalistas da indústria fonográfica, que ocorreu em 2005, batendo outras consagradas apresentações de artistas, como a de Jimi Hendrix (1969), Sex Pistols (1976), David Bowie (1973) e Rolling Stones (1969)”, comenta Visconti.
Ainda de acordo com o professor, o show da banda Queen, no Live Aid, é considerado o grande destaque, visto que o evento também contava também com bandas clássicas, como Led Zeppelin, Black Sabbath e The Who. “Na época, haviam artistas que estavam liderando as paradas, como Dire Straits (com Money For Nothing) e U2 (com Sunday Bloody Sunday). Além disso, a icônica performance da banda Queen foi reproduzida quase integralmente no filme Bohemian Rhapsody (2018)”, complementa.