Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles carregavam uma terrível fedentina de quem passou várias semanas ao mar, sem tomar banho. Para os nossos nativos essa seria uma situação estranha, haja vista que os tupis costumavam lavar o corpo mais de dez vezes em um mesmo dia.
Já os Indianos, que também tiveram contado com os portugueses, usavam de pastas, tacos, sabões e pós para aplacar os cheiros do próprio corpo.
Na civilização egípcia, eles resolviam o problema do fedor com banhos frequentes que eram acompanhados pela ação adstringente de óleos, gorduras e sabões aromatizados. Os romanos tentavam tapear o mau cheiro com pequenas almofadas que eram colocadas junto às axilas. Já na Europa Moderna, os perfumes tentavam, mas nem sempre conseguiam, resolver eficazmente o desenvolvimento da sudorese.
Apesar de todos esses métodos, o primeiro desodorante da história surgiu no século XIX, no ano de 1888. O invento foi criado nos Estados Unidos. “Mum” (mamãe, em português) misturava um tipo de cera de óxido de zinco que tinha uma limitada ação antimicróbica.
Em 1903, o “EverDry” (“sempre seco”) foi o primeiro desodorante de solução aquosa que conseguia inibir a transpiração do corpo.
A formula era composta por sais de alumínio que até hoje configuram a maioria dos desodorantes. Nos dias atuais, temos alguns tipos e marcas de desodorante que prometem atender o perfil específico de seus consumidores. Paralelamente, outros tipos de desodorante prometem amenizar as agressões que a utilização do próprio desodorante possa provocar.